O Projeto “Nanet: Democratizando a tecnologia” tem como objetivo principal fomentar os direitos humanos, as liberdades essenciais, a democracia e o estado de direito no Brasil.
Julinet e sua turma apresentam ao público de forma acessível e descontraída todo conteúdo sobre cuidados digitais e bem-estar na internet. 

O Nanet foi idealizado pela Abong, Ação Educativa e Ibase, além de ter o apoio da União Europeia. A iniciativa é fundamentada em dois prismas: o desenvolvimento das capacidades e habilidades no campo dos direitos digitais dos grupos alvo.

Entre as atividades estão previstas as seguintes ações: ciclos formativos em cuidados digitais e bem-estar na internet; treinamento em ferramenta de diagnóstico e avaliação de cibersegurança; workshops colaborativos sobre combate aos discursos de ódio, desinformação e usos da liberdade de expressão e seus impactos.

Por meio do EDITAL CICLOS FORMATIVOS EM CUIDADOS DIGITAIS E BEM-ESTAR NA INTERNET, Abong, Ação Educativa e Ibase convidam organizações da sociedade civil, coletivos e movimentos sociais que trabalham com tecnologia a compartilhar propostas formativas sobre práticas de cuidados digitais e bem-estar na internet. Serão especialmente valorizadas propostas que articulem interseccionalmente as questões de raça, gênero, diversidade sexual e territorialidade, reconhecendo a importância de abordar essas dimensões para a construção de um ambiente digital mais inclusivo e seguro.

O edital está em sua 2ª edição e irá selecionar propostas de atividades que promovam o cuidado e o bem-estar no ambiente digital, a serem realizadas nos territórios onde a Abong atua, incluindo Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Sergipe e Rio Grande do Sul.

As inscrições estão abertas de 1º a 20 de dezembro de 2025. Para submeter seu projeto, basta acessar o formulário de inscrição e estar dentro dos critérios exigidos, conforme o documento oficial. O resultado será divulgado até 3 de fevereiro de 2026.

EDITAL CICLOS FORMATIVOS EM CUIDADOS DIGITAIS E BEM-ESTAR NA INTERNET
Inscrições de 1 a 20 de dezembro de 2025 pelo formulário.
Divulgação do resultado: 3 de fevereiro de 2026.
Clique aqui e acesse o edital.

As Organizações selecionadas no Edital passado foram: 

Associação Pipa – SP
Associação Paraguaçu de Mulheres Indígenas – BA
Cidade Nova Informa (CNI) – PR
Coletivo Mulheres Negras de Araranguá – SC
Politize! – PE
Youca – RJ
Agência Curumim Erê – RJ
Barão de Itararé – SP
Instituto Sumaúma – SP
Instituto Omó Nanã – SP

O Pequeno Manual de Cuidados Físicos e Digitais foi elaborado pelo Comitê de Tecnologia da Marcha das Mulheres Negras com o objetivo de fortalecer a segurança e o Bem Viver durante a mobilização do dia 25 de novembro de 2025. Ele reúne orientações práticas sobre proteção digital e cuidados físicos, abordando desde o uso seguro de celulares e redes sociais até estratégias de autocuidado e proteção coletiva durante a Marcha.

Com linguagem acessível e foco na autonomia, ele incentiva práticas cotidianas de proteção, como uso de senhas fortes, backups, criptografia, planejamento de postagens e cuidados com o corpo e o ambiente.

Clique no botão a seguir para ler nossa cartilha na íntegra.

Sociedade civil lança nota técnica com diversas assinaturas que exige maior participação e transparência na regulação de Inteligência Artificial no Brasil.
É urgente a inclusão de organizações do campo de defesa e promoção de direitos humanos, representatividade multissetorial, e compromissos com diversidade e igualdade.

Esta Cartilha tem como objetivo apresentar formas de enfrentamento à desinformação em ambientes digitais, especialmente de redes sociais, para usuários de plataformas, organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Também propõe uma conversa sobre moderação de conteúdo, para que se saiba do que se trata, como ela acontece e alguns desafios que surgem quando esse mecanismo falha.

Tudo mudou nos últimos anos, não é? A nossa forma de nos comunicar, de nos informar e, também, a forma como são produzidos e compartilhados os conteúdos que encontramos nas redes sociais. É também na internet onde parte do debate público acontece, onde nos informamos sobre a democracia, o papel do Estado, e os serviços que podemos acessar. Junto a toda essa transformação, também é necessário que estejamos preparados para interagir de forma responsável e bem informada nas redes, promovendo um ambiente digital seguro para todas as pessoas.

Vem com a gente?! Clique no botão pra ler nossa cartilha na íntegra.


A Abong, junto com o Ibase e a Ação Educativa, está buscando alguém para ajudar na gestão financeira do projeto “Nanet: Democracia e Direitos Digitais”, com o apoio da União Europeia.

Estamos procurando uma pessoa com formação em Ciências Contábeis, Administração ou áreas similares, que tenha experiência em assessoria financeira. O trabalho será feito remotamente. A contratação será como pessoa jurídica por 12 meses, com chance de prorrogação. É importante que a pessoa também tenha experiência com organizações da sociedade civil.

Processo encerrado.

Márcia de Câmera Campos, foi a pessoa selecionada para a vaga.


Esta publicação foi organizada pelo projeto Desvelar, com apoio da Fundação Mozilla, Projeto Nanet e Infolambe.

A chamada inteligência artificial generativa (IAG), popularizada recentemente através de serviços como ChatGPT, Dall-E, Bard, Claude e outros produziu deslumbres e hype sobretudo em torno da aparente possibilidade de produzir conteúdos de forma autônoma e criativa. Olhando os processos de desenvolvimento, porém, artistas e ativistas têm denunciado o caráter extrativo das empresas privadas que se apropriaram de criatividade e conhecimentos coletivos para fins privados. A disponibilidade em escala de serviços freemium multiplicou os casos de representações nocivas, desinformação e reprodução de pseudociência pelos serviços. Adicionalmente, a voracidade energética e predatória da infraestrutura necessária para os serviços gera impactos ambientais pesados ainda em mensuração.

Será mesmo que estamos tratando de inteligência? E gera o quê, de fato? Afetados pela corrida competitiva de startups e big techs para lançar novos serviços na crista da onda da inovação, precisamos nos centrar, mapear impactos e entender mecanismos de defesa. O livro Inteligência Artificial Generativa: discriminação e impactos sociais é uma colaboração à academia e sociedade civil com o objetivo de apresentar ideias, reflexões, dados e evidências sobre o tema.

Reunimos especialistas com atuação profissional e intelectual com I.A., desenvolvimento, ensino e governança de tecnologias no Direito, Computação, Comunicação, Sociologia e Arte para abordar não só os impactos da IAG em áreas como cultura, arte, ciência, saúde, educação e segurança pública, como também oferecer propostas de mitigação de danos, reações e prioridades programáticas.

Os nove ensaios publicados reúnem os seguintes temas e especialistas:

  • A Influência das Imagens de Controle na I.A. Generativa, por Thiane Neves-Barros
  • Como os Vieses entram na I.A. Generativa?, por Carla Vieira
  • Desafios Comunicacionais diante da Inteligência Artificial, por Gustavo Souza
  • Inteligência (Arte)ficial: por uma defesa dos trabalhadores da arte, por Pietra Canle e Rafael Ramires Baptista
  • Riscos e Danos Associados à I.A. Generativa e a Busca por uma Tipologia, por Fernanda Rodrigues
  • Pensando a I.A. Generativa na Arquitetura Racial-Punitiva do Estado, por Pedro Diogo Carvalho Monteiro
  • Crise Ambiental: A Inteligência Artificial Generativa Irá nos Salvar?, por Mariana Lopes
  • Papagaios Estocásticos: a revanche da epistemologia da ignorância, por Tarcizio Silva
  • A Precariedade da Educação como Modelo de Negócio, por Juliane Cintra

Em parceria com a Abong, a Coalizão Direitos na Rede lançou a Nota Técnica “Por uma regulação de Inteligência Artificial que defenda e promova os direitos humanos”. A regulação da IA por parte do PL 2338/23 não tem como objetivo desacelerar as inovações tecnológicas, mas sim garantir que suas utilizações sejam éticas, justas e que promovam maior segurança para todas as pessoas.

O Projeto Nanet realizou nos dias 28 e 29 de maio, em Salvador (BA), o evento “Conexões para o Bem Viver: reparação, justiça racial e tecnologias digitais”. A iniciativa foi uma parceria com o Odara – Instituto da Mulher Negra, o Cedenpa – Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará e a Elo Brasil, integrando as mobilizações para a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver 2025.

O ciclo formativo aconteceu no CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais e teve como proposta fortalecer a presença de vozes historicamente invisibilizadas nos debates sobre tecnologia, refletindo sobre os sentidos da reparação também no campo digital.

Confira, a seguir, todos os painéis, temas e convidados que marcaram presença nos debates:

Primeiro dia – 28/05

Painel 0 – “Articulações e apropriações das tecnologias digitais por novos mundos e por Bem Viver”:
Com mediação de Brenda Gomes, do Odara – Instituto da Mulher Negra, essa conversa foi uma introdução sobre o enfrentamento ao racismo e ao sexismo na construção de parâmetros para a governança da Internet. A conversa contou com as contribuições de Lina Alessandra Caripuna – Instituto Kitanda Preta, Nelza Jaqueline Siqueira Franco – Coletivo Canjerê, Thiane Neves – CEDENPA e Vic Argôlo da Silva – CEDENPA.

Painel 1 – “(In)formar na Era Digital – Caminhos para superar a desinformação entre crianças e adolescentes conectados (LGPD)”:
Com mediação de Nirvana Lima, do RECRIA – Rede de Pesquisa em Comunicação, Infâncias e Adolescências, a discussão foi sobre como a desinformação configura-se como um problema sistêmico da era digital, impactando todo o contexto social. Essa mesa contou com a participação de Débora Campelo – Odara – Instituto da Mulher Negra, Gabriela Almeida – Universidade de Brasília, Johanna Monagreda – Universidad Central de Venezuela / CANDACES, Leuziene Lopes – C-Partes e Rodrigo Lopes – Pajubá Tech / RECRIA – Rede de Pesquisa em Comunicação, Infâncias e Adolescência.

Segundo dia – 29/05

Painel 2 – “Plataformas Digitais e Racialidade: caminhos e barreiras ao Direito à Comunicação e à Equidade Racial”:
Com mediação de Tarcízio Silva, Assessor de Tecnologia do Projeto Nanet, o debate pautou possibilidades de efetivação do direito à comunicação, numa perspectiva de equidade étnico-racial digital. A atividade contou com a presença de Emanuel Herbert Elias Alencar – Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas – MAKIRA-E’TA, Jamile Borges da Silva – UFBA / CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais , Laila Thaíse Batista de Oliveira – Rede de Mulheres Negras de Sergipe e do Nordeste / CDR – Coalizão Direitos na Rede, Paulo Victor Melo – Intervozes, e Sil Bahia – Olabi / PretaLab.

Painel 3 – “Da Justiça Ambiental à Justiça Algorítmica: governança e negociação dos impactos”:
O último painel do evento teve moderação de Juli Cintra, Diretora Executiva da Abong e Coordenadora do Projeto Nanet, que discutiu as alternativas que têm emergido dos territórios para enfrentar os impactos ambientais e algorítmicos de forma conectada. Bianca Kremer – CGI.br – Comitê Gestor da Internet no Brasil, Mariana Belmont – Geledés – Instituto da Mulher Negra, Samilly Valadares – Instituto Perpetuar, e Tâmara Terso – Intervozes / UFBA também participaram e contribuíram com a discussão.

Os debates afirmaram a justiça racial como princípio essencial de uma governança verdadeiramente democrática da internet no Brasil.

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