Abong elege nova Diretoria com equidade de gênero, racial, de orientação/identidade sexual e geracional
A Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais, divulgou, nos dias 24 e 25 de março, em Encontro Nacional e Assembleia, as novas diretoras e os novos diretores do próximo triênio. Os nomes foram indicados pelos coletivos estaduais que reuniram um quórum de, ao menos, 50% das organizações associadas, nos estados onde essas instituições atuam.
Foram eleitos para compor a diretoria executiva Débora Rodrigues (presidenta do CONSEA Bahia, Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável e Coordenadora de Programa da Associação Vida Brasil) e Keila Simpson (Presidenta da ANTRA Associação Nacional de Travestis e Transexuais) representando os estados da Bahia e Sergipe. Aldalice Moura da Cruz Otterlo (Membro da coordenação do Fórum Social do Pan Amazônia e Diretora do Instituto Universidade Popular – UNIPOP) do Pará, Athayde Motta (diretor-geral do IBase), do Rio de Janeiro. Cibele Kuss (Secretária executiva da FLD-COMIM-CAPA Fundação Luterana de Diaconia – Conselho de Missão Entre os Povos Indígenas – Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia), do Rio Grande do Sul. Carlos Magno de Medeiros Morais (Coordenador de mobilização Social no Centro Sabiá), de Pernambuco, representando o estado de São Paulo, Juliane Cintra de Oliveira (Coordenadora Institucional na Ação Educativa) e Henrique Botelho Frota (Diretor do Instituto Pólis). Já para representar o corpo de Conselho de Ética foram escolhidos Romi Márcia Bencke, Sônia Gomes Mota, Regina Célia SantAnna Adami Santos e Maria José Rosado. Para o conselho fiscal foram escolhidos Marcos José da Silva, Bernadete Maria Konze e Maria Paula Patrone Regules.
O evento reuniu organizações associadas à Abong e diferentes atores da sociedade civil brasileira e mundial, para discutir o papel das organizações da sociedade civil na construção de uma sociedade do bem viver.
A atividade foi marcada por vários momentos de trocas entre os participantes, reflexões e arte. Houve também um amplo debate para a definição das estratégias futuras para o fortalecimento da luta e das pautas defendidas pela Abong.
Além de duas mesas que nortearam debates importantes como: o contexto global e os desafios para atuação das OSCs no Brasil, mediado por Athayde Motta, com a participação de Keila Simpson (ANTRA), Dirce Piloto Varela (Plataforma das Ongs de Cabo Verde) e Juana Kweitel (Conectas Direitos Humanos); e a mesa Abong na luta antirracista, mediada por Débora Rodrigues, com a participação da Maíra Junqueira (Ford Foundation Brasil), Iara Pietricovsky (INESC), Maria Sylvia (Geledès). Esta última mesa, provocou uma reflexão sobre a luta antirracista e o papel das organizações da sociedade civil na implementação de políticas internas, contribuindo para o combate ao racismo estrutural.
O encerramento foi marcado por um ato ecumênico, com falas potentes de Makota Celinha e da Pastora Cibele Kuss, em homenagem às vítimas da Covid-19, da tragédia de Petrópolis, Bahia, Minas e das guerras na Palestina, Iêmen, Síria, Congo e na Ucrânia.
Ao celebrar três décadas de atuação na defesa e promoção da democracia, dos direitos humanos e dos bens comuns, nacional e internacionalmente, a Abong revisita sua história e a importância do papel que a organização vem cumprindo na luta pela construção de uma sociedade mais diversa, plural e acolhedora a partir dos olhares diversos de seus diferentes protagonistas.
Para quem não acompanhou o Encontro Nacional, acesse aqui e assista o evento na íntegra.