Todo apoio ao Projeto Saúde e Alegria (PSA) – CEAPS / Santarém

Governos autoritários desrespeitam a cidadania. Em todo o mundo, as ONGs lutam em defesa das liberdades democráticas e do direito à livre atuação. Mais de 194 países são monitorados e, de acordo com as condições de liberdade de atuação da cidadania, recebem a classificação de países com espaços “abertos, estreitos, obstruídos, repressivos ou fechados.” Neste monitoramento, verifica-se práticas comuns nos governos autoritários que é o desrespeito à livre atuação da cidadania por meio de ações que buscam deslegitimar, criminalizar e obstruir a atuação das organizações da sociedade civil e/ou não governamentais, eliminando, assim, uma poderosa força da sociedade capaz de questionar, pressionar e denunciar suas condutas arbitrárias, corruptas e contra o interesse público.

Não é outra coisa que ocorre atualmente no Brasil. Do pronunciamento irresponsável do Presidente da República culpando as ONGs pelos incêndios à ação policial e midiática tentando criminalizar o Projeto Saúde e Alegria (PSA), há uma estratégia arquitetada para deslegitimar a atuação livre da sociedade civil brasileira que tem denunciado, desde o primeiro momento, as medidas autoritárias e antissociais do atual Governo.

A tentativa de envolver as ONGs de defesa da Amazônia nos atos criminosos de madeireiros, mineradoras, grileiros e fazendeiros ligados à soja e à pecuária extensiva, já foi tentada outras vezes e, ao final, restou comprovada a inocência das lideranças da sociedade civil e dos movimentos sociais da floresta. Aliás, esta mesma tática foi aplicada em 2013 quando o ex-Juiz Sérgio Moro, com amplo apoio midiático, tentou envolver cooperativas e ONGs ligadas ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da agricultura familiar, em supostos desvios de recursos públicos. Passados quatro anos, todos os envolvidos foram absolvidos[1] pelo Poder Judiciário e, infelizmente, sem a mesma cobertura midiática, deixando um sentimento negativo em relação as ONGs na sociedade brasileira.

Por isso, a Abong vem a público manifestar sua solidariedade e apoio as lideranças do Projeto Saúde e Alegria (PSA) – CEAPS/ Santarém, pela seriedade de sua atuação e comprometimento na promoção de saúde das populações ribeirinhas e com as causas da defesa da floresta.

A Abong coloca-se à disposição para apoiar da forma que for necessária afim de que as acusações sejam prontamente refutadas e a verdade se estabeleça na defesa dos direitos dos povos das águas e da floresta. Exigimos a liberação imediata dos brigadistas que seguem presos injustamente.

Não aceitaremos passíveis a criminalização do direito ao ativismo social, a livre manifestação e a atuação autônoma da sociedade brasileira.

O Brasil já enfrentou governos autoritários e os venceu. Nada nos impedirá de fazê-lo novamente!

Conselho Diretor da Abong

27 de novembro 2019

[1] https://www.brasildefato.com.br/2017/10/05/pr-agricultores-presos-por-ordem-de-sergio-moro-sao-inocentados/

(Foto: PSA)

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La criminalización como arma política

Los gobiernos autoritarios no respetan la ciudadanía. En todo el mundo, las ONG luchan por las libertades democráticas y el derecho a la acción libre. Más de 194 países son monitoreados y, de acuerdo con las condiciones de libertad de acción de los ciudadanos, reciben la clasificación de países con “espacios abiertos, estrechos, obstruidos, represivos o cerrados”. En este monitoreo, hay prácticas comunes en los gobiernos autoritarios. que es la falta de respeto por la libre actividad de la ciudadanía a través de acciones que buscan deslegitimar, criminalizar y obstruir el desempeño de la sociedad civil y / o las organizaciones no gubernamentales, eliminando así una poderosa fuerza de la sociedad capaz de cuestionar, presionar y denunciar conducta arbitraria, corrupta y contra el interés público.
No es otra cosa que actualmente ocurre en Brasil. Desde el pronunciamiento irresponsable del Presidente de la República culpando a las ONG por los incendios en Amazonía, a la acción policial y mediática que intenta criminalizar el Proyecto Salud y Alegría (PSA), existe una estrategia diseñada para deslegitimar la acción libre de la sociedad civil brasileña que ha denunciado, desde el primer momento, Las medidas autoritarias y antisociales del actual gobierno.

El intento de involucrar a las ONG de defensa de la Amazonía en los actos criminales de madereros, mineros, acaparadores de tierras y ganaderos vinculados a la soja y la ganadería extensiva se ha intentado en otras ocasiones, y al final la inocencia de los líderes de la sociedad civil y movimientos sociales fue comprobada. Por cierto, esta misma táctica se aplicó en 2013 cuando el ex juez Sérgio Moro, con amplio apoyo de los medios, trató de involucrar a las cooperativas y las ONG vinculadas al Programa de Adquisición de Alimentos para la Agricultura Familiar (PAA) en presuntas apropiaciones indebidas de recursos públicos. Cuatro años después, todos los involucrados fueron absueltos por el poder judicial y, desafortunadamente, sin la misma cobertura de los medios, dejando un sentimiento negativo sobre las ONG en la sociedad brasileña.

Por esta razón, Abong está expresando públicamente su solidaridad y apoyo a los líderes del Proyecto Salud y Alegría (PSA) – CEAPS / Santarém, por la seriedad de su desempeño y compromiso para promover la salud de las poblaciones ribereñas y las causas de la defensa forestal.

Abong está dispuesta a apoyar según sea necesario para que las acusaciones sean refutadas sin demora y la verdad establecida en la defensa de los derechos de los pueblos del agua y los bosques. Exigimos la liberación inmediata de los miembros de la brigada que permanecen injustamente encarcelados.

No aceptaremos la criminalización del derecho al activismo social, la libre manifestación y el desempeño autónomo de la sociedad brasileña.

Brasil ya se enfrentó a gobiernos autoritarios y los derrotó. ¡Nada nos impedirá volver a hacerlo!
Junta Directiva de Abong

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Criminalization as a Political Weapon

Authoritarian governments disrespect citizenship. Around the world, NGOs fight for democratic freedoms and the right to free action. More than 194 countries are monitored and, according to the conditions of citizens’ freedom of action, receive the classification of countries with “open, narrow, obstructed, repressive or closed” spaces. In this monitoring, there are common practices in authoritarian governments. which is the disrespect for the free action of citizenship through actions that seek to de-legitimize, criminalize and obstruct the actions of civil society and / or non-governmental organizations, thus eliminating a powerful force of society capable of questioning, pressing and denouncing their arbitrary, corrupt conduct and against the public interest.

It is not something else that currently occurs in Brazil. From the irresponsible pronouncement of the President of the Republic blaming NGOs for the fires in the Amazon forest, to the police and media action trying to criminalize Projeto Saúde e Alegria (PSA), there is an engineered strategy to delegitimize the free action of Brazilian civil society that has denounced, from the first moment, the authoritarian and antisocial measures of the current Government.

Attempting to involve NGOs, who work in the defense of the Amazon, in the criminal acts of loggers, miners, land grabbers and ranchers linked to soy production and extensive ranching has been attempted at other times, and in the end, the innocence of civil society  and social movements leaders were proved. Incidentally, this same tactic was applied in 2013 when former Judge Sérgio Moro, with broad media support, tried to involve cooperatives and NGOs linked to the Family Farming Food Acquisition Program (PAA) in alleged misappropriations of public resources. Four years later, all those involved were acquitted by the judiciary, unfortunately without the same media coverage, leaving a negative feeling about NGOs in Brazilian society.

For this reason, Abong is publicly expressing its solidarity and support to the leaders of the Projeto Saúde e Alegria (PSA) – CEAPS / Santarém, for the seriousness of its actions and commitment to promote the health of the riverside populations and the causes of forest defense.

Abong is ready to support in any way necessary so that the accusations are promptly refuted and the truth is established in the defense of the rights of the water and forest peoples. We demand the immediate release of the brigade members who remain unjustly imprisoned.

We will not accept the criminalization of the right to social activism, the free manifestation and the autonomous performance of Brazilian society.

Brazil has already faced authoritarian governments and defeated them. Nothing will stop us from doing it again!

Abong Board of Directors
November 27, 2019

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La criminalisation comme arme politique

Les gouvernements autoritaires ne respectent pas la citoyenneté. Partout dans le monde, les ONG luttent en défense des libertés démocratiques et du droit à la liberté d’action. Plus de 194 pays sont suivis et, selon les conditions de liberté d’action de la citoyenneté, leurs espaces sont classés comme “ouverts, étroits, obstrués, répressifs ou fermés”. “Dans ce suivie, il faut prendre en compte toute action de l’État visant à délégitimer, à criminaliser et/ou à faire obstruction à l’action de la société civile et/ou des organisations non gouvernementales – ayant pour but d’éliminer des forces puissantes de la société, capables de remettre en question, de faire pression aux institutions et de dénoncer leurs comportements arbitraires, corrompus et allant à l’encontre de l’intérêt général.

C’est justement ce qui se produit actuellement au Brésil. De la déclaration irresponsable du Président de la République blâmant les ONG pour les incendies en Amazonie à l’action policière et médiatique visant à criminaliser le Projet Santé et Joie (PSA), nous observons une stratégie visant à ôter toute légitimité des acteurs de la société civile brésilienne qui ont dénoncé, dès le début, les mesures autoritaires et antisociales de l’actuel gouvernement.

Ce n’est pas la première fois que les ONGs de défense de l’Amazonie sont responsabilisées des actes criminels commis par des marchands de bois, l’industrie minière, des accapareurs de terres et de grands éleveurs et producteurs de soja. En 2013, l’ancien juge Sérgio Moro, soutenu par les médias brésiliens, a essayé d’impliquer les coopératives et des ONGs liées au Programme d’acquisition alimentaire (PAA) de l’agriculture familiale à un détournement présumés des ressources publiques. Au bout de quatre ans, toutes les personnes impliquées ont été acquittées[1] par la Justice – sans couverture médiatique équivalente, bien évidemment, ce qui a terni l’image des ONGs auprès de la société brésilienne.

L’Abong exprime donc sa solidarité et son soutien aux responsables du Projet Santé et Joie (PSA) – CEAPS / Santarém pour le sérieux de ses actions en faveur de la promotion de la santé des populations riveraines et de son engagement dans la défense de la forêt. Et se tient prêt à soutenir les ONGs inculpées pour que ces accusations soient rapidement réfutées et que la vérité soit établie. C’est pourquoi nous exigeons la libération immédiate des brigadistes injustement emprisonnés.

Nous n’accepterons pas la criminalisation du droit à l’activisme social, à la libre manifestation et à l’action autonome de la société brésilienne. Le Brésil a déjà mené des batailles contre des gouvernements autoritaires et les a remportées. Nous les batterons à nouveau !

Conseil d’administration d’Abong
27 novembre 2019