ONGs denunciam na ONU violência política e fake news na eleição no Brasil

Um grupo de organizações da sociedade civil brasileira denunciou nesta quarta-feira, diante do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, ataques ao sistema eleitoral no Brasil. Também pediram para os gigantes digitais combaterem fake news em suas plataformas sobre a votação eletrônica no país.

Em pronunciamento lido por Camila Asano, de Conectas, as ONGs denunciaram que a democracia e o sistema eleitoral no país “estão sob grande ataque”. “Vivemos numa situação sem precedentes na história democrática do Brasil.”

Exemplificam com ataques de autoridades contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando o sistema de votação “sem evidência, através de desinformação”.

Também mencionaram que a violência política, que já aconteceu na última eleição, está ainda pior agora. As entidades destacaram que decreto do governo aumentou a circulação de armas e que isso é amplamente responsável pela violência, propagando temores entre a população.

As ONGs lembraram que a eleição presidencial será em três semanas e pediram ao Conselho e ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU para reforçar a importância do respeito das instituições democráticas no Brasil, especialmente seu sistema eleitoral. Também conclamaram as companhias digitais, em referência a Facebook, YouTube, Twitter e outros, a combater fake news sobre o sistema eleitoral em suas plataformas. E pediram ao governo brasileiro para garantir um ambiente seguro que inclua o controle efetivo de armas e proteção de políticos de grupos minoritários.

A participação das ONGs no Conselho de Direitos Humanos faz parte de uma articulação pela Europa para denunciar “violência política e ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral”, com passagens por Alemanha, Portugal, Bélgica, Espanha, Suíça, França e Itália. “É fundamental que a comunidade internacional expresse seu apoio pela democracia brasileira e sua confiança no sistema eleitoral brasileiro, que tem sido alvo de ataques infundados”, afirmou Paulo Lugon, assessor internacional da Comissão Arns.

“Uma das reivindicações das organizações aqui presentes é que a comunidade internacional também defenda a adoção constante de medidas contra o racismo sistêmico para a construção de um Brasil realmente democrático e com eleições seguras para candidaturas negras”, acrescentou Sara Branco, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), entidade que faz parte da Coalizão Negra por Direitos.

De seu lado, Keila Simpson, diretora executiva da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) e presidenta da ABGLT, afirmou: “Precisamos garantir a democracia no Brasil, para que o país tenha condições de se tornar um exemplo de defesa dos direitos humanos, os direitos LGBTQI+, o meio ambiente e os direitos fundamentais que passam diretamente pela garantia de uma democracia plena.”

Pedro Paulo Bocca, assessor internacional da Abong, também destacou a importância de a comunidade internacional “se engajar na defesa mais ampla da democracia no Brasil, para além do voto”.

“O mundo precisa saber que há graves violações de direitos humanos no Brasil e, se não bastasse isso, agora vivemos uma real ameaça à democracia com as eleições tomadas de ódio, violência política e com alta possibilidade de o Presidente Bolsonaro não aceitar o resultado das urnas”, disse Darci Frigo, Coordenador Executivo da organização de direitos humanos Terra de Direitos.

Antonio Neto, pesquisador da Justiça Global, observou que o período eleitoral brasileiro é sempre marcado por episódios de violência politica, mas “vivemos um momento especialmente difícil” e “o discurso violento do atual presidente tem contribuído para o acirramento da violência difusa”.

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Posicionamento da rede do Pacto pela Democracia às falas de Jair Bolsonaro em encontro com Embaixadores:

As organizações subscritoras deste documento vêm a público repudiar mais um ataque do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao processo eleitoral brasileiro, com declarações proferidas contra a Justiça Eleitoral e seus membros por meio de informações falsas ou manipuladas, diante da comunidade diplomática mundial. Cobramos nominalmente dos Srs. presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), e do Procurador Geral da República, Augusto Aras, ações em defesa das eleições. O silêncio de ambos é extremamente preocupante e denota complacência e menosprezo com a democracia brasileira. Contradiz a disposição das instituições que representam e as afronta.

Ontem, segunda-feira (18), em encontro com dezenas de embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro mais uma vez atacou o sistema eleitoral brasileiro. Durante 46 minutos, questionou a segurança do processo conduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base em alegações falsas, desmentidas simultaneamente pelo Tribunal, e atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal. Usou ainda as Forças Armadas como elemento de pressão e ameaça, simbolicamente chancelada pela presença e participação do ministro da Defesa e ex-comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira.

O fato de o presidente negar o amplo reconhecimento e a confiança internacional do sistema eleitoral brasileiro expôs o país a uma situação vexatória e serviu para comprovar à comunidade internacional o autoritarismo do presidente, que busca criar uma saída antidemocrática para não se submeter ao rito eleitoral regular.

À fala de Jair Bolsonaro, ontem, soma-se a outros tantos potenciais crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente, que não tem sido responsabilizado por suas ações por contar com a cumplicidade e cooptação de instituições de controle jurídico e político, a quem caberia o exercício de freios e contrapesos entre os Poderes. É o caso da Procuradoria Geral da República, comandada por Augusto Aras, e da Câmara dos Deputados, presidida por Arthur Lira.

Diante dos seguidos ataques proferidos pelo Presidente da República contra a credibilidade das instituições democráticas do país, reafirmamos o compromisso de nossa rede pela articulação da sociedade civil brasileira na defesa intransigente da Constituição, da integridade das urnas, do processo eleitoral e da democracia no Brasil.

Assinam a nota:

  1. 350.org
  2. 3Palitos
  3. Abong – Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais
  4. Agência Ambiental Pick-upau
  5. Agência Diadorim
  6. Agenda Pública
  7. Aliança Nacional Lgbti+
  8. ARTIGO 19
  9. Associação Brasileira de Famílias homotransAfetivas
  10. Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – ABRAJI
  11. Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco
  12. Associação Nacional da Carreira de Desenvolvimento de Políticas Sociais – Andeps
  13. Associação Visibilidade Feminina
  14. Atados
  15. ATENS Sindicato Nacional
  16. Ação Educativa
  17. Casa Fluminense
  18. CDDH-PETRÓPOLIS
  19. Centro de Estudos Sociedade
  20. Centro Popular de Direitos Humanos – CPDH
  21. Coletivo de Advogadas Esperança Garcia
  22. Conectas Direitos Humanos
  23. Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB
  24. Delibera Brasil
  25. Educafro
  26. Elas no Poder
  27. FAOR Fórum da Amazônia Oriental
  28. Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito
  29. Frente favela Brasil
  30. Fundação Tide Setubal
  31. Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero
  32. Goianas na Urna
  33. Greenpeace Brasil
  34. Grupo de Estudos Democratismo
  35. Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas)
  36. INESC Instituto de estudos socioeconomicos
  37. Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico – IBDU
  38. Instituto Clima de Eleição
  39. Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano IDSB
  40. Instituto de Governo Aberto
  41. Instituto de Referência Negra Peregum
  42. Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS)
  43. Instituto Diplomacia para Democracia
  44. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
  45. Instituto Hori – Educação e Cultura
  46. Instituto Igarapé
  47. Instituto Marielle Franco
  48. Instituto Não Aceito Corrupção
  49. Instituto Physis – Cultura e Ambiente
  50. Instituto Piracicabano de Estudos e Desa da Democracia -Ipedd
  51. Instituto Pólis
  52. Instituto Pro Bono
  53. Instituto Terra, Trabalho e Cidadania
  54. Instituto Update
  55. Instituto Vladimir Herzog
  56. ITS Rio – Instituto de Tecnologia e Sociedade
  57. Kurytiba Metropole
  58. Le Monde Diplomatique Brasil
  59. Livres
  60. Morhan – Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníase
  61. Movimento Acredito
  62. Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
  63. Movimento Político pela Unidade – MPpU Brasil
  64. Movimento Urbano de Agroecologia – MUDA
  65. Mulheres Negras Decidem
  66. Neoliberais Brasil
  67. NOSSAS
  68. Nucleo de Preservação da Memória Política
  69. Observatório do Clima
  70. Observatório do Marajó
  71. Observatório Politico e Eleitoral (OPEL)
  72. Oxfam Brasil
  73. PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais
  74. Rede Brasileira de Conselhos – RBdC
  75. Rede Brasileira de Conselhos – RBdC
  76. Rede Justiça Criminal
  77. Reitores pela Democracia
  78. SEJA DEMOCRACIA/IMJA
  79. Sleeping Giants Brasil
  80. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
  81. Transparência Brasil
  82. Transparência Capixaba
  83. Transparência Internacional – Brasil
  84. União Nacional dos Estudantes
  85. Universidade e Ciência (SoU_Ciência)
  86. Washington Brazil Office
  87. WWF Brasil
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Plataforma lança campanha em defesa da Democracia e com críticas ao sistema político

“A Democracia que Queremos”: esse é o lema da campanha lançada em julho de 2022 pela Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, formada por 128 organizações. O objetivo é discutir o modelo de democracia desejado para o Brasil, a partir da crítica ao atual sistema político.

De acordo com a Plataforma, a campanha acontece diante de uma conjuntura em que ocorrem diversos ataques ao processo democrático, reforçando a necessidade de se posicionar em defesa da democracia. Essa posição, no entanto, é acompanhada de críticas ao sistema político brasileiro, que, segundo a Plataforma, é excludente e mantém privilégios e desigualdades históricas.

Para pensar um outro sistema político, a campanha pretende debater temas como a sub-representatividade nos espaços de poder e das questões de raça, gênero e classe que estruturam o país e suas relações (econômicas, políticas, jurídicas, midiáticas, religiosas, etc). Segundo os realizadores, o objetivo da Plataforma é “radicalizar a democracia”, levando em conta que o modelo atual do sistema político é insuficiente para garantir uma nação democrática.

A campanha “A Democracia que Queremos” também pretende abordar a violência política que ameaça, sobretudo, mandatos e movimentos populares. Questões como a defesa do Estado Laico, dos direitos dos povos originários e tradicionais, da população LGBTQIA+, e o enfrentamento ao racismo e ao machismo também serão debatidas.

O evento virtual de lançamento acontecerá no próximo dia 19 de julho, a partir das 19h, no canal da Plataforma no YouTube. Também foi anunciada uma chamada pública de videoperformance voltada para artistas. Além da produção de conteúdo digital, a campanha pretende realizar atos públicos, intervenções urbanas e publicações de artigos que aprofundem o debate sobre o modelo de democracia desejado.

As ações estão previstas para ocorrer até o fim das eleições deste ano. De acordo com a Plataforma, a expectativa é que o processo eleitoral não represente apenas “uma troca de turno no governo, mas um resgate da democracia e do que entendemos que deve ser a distribuição do poder e da representação no nosso país”.

Para mais informações:

www.reformapolitica.org.br / comunicacaoreformapolitica@gmail.com

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VIOLÊNCIA POLÍTICA MATA: POR UMA DEMOCRACIA SEM ÓDIO

As organizações da sociedade civil aqui subscritas vêm a público repudiar a escalada da violência política observada no período recente. Se não contida imediatamente pelas autoridades competentes e combatida firmemente pelos democratas das mais variadas matizes ideológicas, a violência prejudicará a realização de eleições pacíficas e seguras e afetará a estabilidade social no período pós eleitoral e a sobrevivência da democracia no Brasil. 

Nas últimas semanas acompanhamos com grande preocupação ataques de radicais bolsonaristas contra militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) em comícios políticos; atentados à imprensa, incluindo um tiro contra o escritório da Folha de S.Paulo e ameaças de morte a jornalistas do Congresso em Foco; acompanhamos ainda o ataque contra o carro do juiz que determinou a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. No último sábado (09), a escalada atingiu novos patamares com o assassinato de um militante do PT, durante o seu aniversário, por um policial penal federal. Segundo relatos da família, o assassino, Jorge José da Rocha Guaranho, invadiu o evento gritando palavras como “Bolsonaro” e “mito” enquanto alvejava o guarda civil metropolitano Marcelo Arruda.

Esses casos de violência política não são fenômenos isolados, mas se inserem em um contexto mais amplo, que vem se agravando ao longo da última década, nutrido desde 2018 por repetidos posicionamentos de Jair Bolsonaro e seus apoiadores. A ampliação da circulação de armas e munições torna ainda mais grave o cenário de radicalização violenta. A apologia à violência armada não deve ser confundida com mero discurso de campanha eleitoral. Nosso país está imerso num cenário marcado pela radicalização da extrema direita, reforçada por uma ampla rede de desinformação e por apoiadores armados. Não se trata de uma disputa entre dois pólos, dois lados de uma mesma moeda. É, sim, o avanço autoritário contra qualquer voz que se oponha a este projeto político extremista.

Cria-se, assim, um quadro de enorme risco não apenas à vida e à segurança pública, mas também ao processo eleitoral deste ano e à democracia brasileira. Convocamos as lideranças político-partidárias e chefes dos Poderes da República a coibir a promoção de discursos de ódio e a disseminação da violência política, em especial durante este processo determinante para a democracia no país.

É inaceitável que o processo eleitoral se dê sob as insígnias do medo, da violência e da intolerância e torna-se fundamental que as instituições de Estado ajam imediata e rigorosamente para impedir o crescimento da violência em curso no Brasil. 

 

  1. 342Artes
  2. 4daddy
  3. A Tenda das candidatas
  4. Abong – Associação Brasileira de ONGs
  5. Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)
  6. Agência Ambiental Pick-upau
  7. Aliança Nacional LGBTI+
  8. All Out
  9. ANPED – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
  10. Associação Brasileira de Famílias homotransAfetivas
  11. Associação Visibilidade Feminina
  12. Ação Educativa
  13. Casa Fluminense
  14. Casa Gernika
  15. Católicas pelo direito de Decidir
  16. Cenpec
  17. CENTRO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DE PETRÓPOLIS
  18. Centro de Promoção da Saúde
  19. Centro de Trabalho Indigenista -CTI
  20. Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito
  21. Conectas Direitos Humanos
  22. Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB
  23. Congresso em Foco
  24. Delibera Brasil
  25. Departamento Jurídico XI de Agosto
  26. Elas No Poder
  27. Fórum Brasileiro de Segurança Pública
  28. Frente Ampla Democrática pelos Direitos Humanos
  29. GESTOS – Soropositividade, Comunicação e Gênero
  30. Girl Up Brasil
  31. Goianas na Urna
  32. Instituto Arueras
  33. Instituto Arueras
  34. Instituto Brasil-Israel
  35. Instituto de Estudos Socioeconômicos – Inesc
  36. Instituto de Referência Negra Peregum
  37. Instituto Democracia e Sustentabilidade
  38. Instituto Diplomacia para Democracia
  39. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade social
  40. Instituto Igarapé
  41. Instituto Marielle Franco
  42. Instituto Physis – Cultura & Ambiente
  43. Instituto Prios de Políticas Públicas e Direitos Humanos
  44. Instituto Socioambiental Nuances – grupo pela livre expressão sexual
  45. Instituto Sou da Paz
  46. Instituto Talanoa
  47. Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC)
  48. Instituto Update
  49. Instituto Vamos Juntas
  50. Ipedd – Instituto Piracicabano de Estudos e Defesa da Democracia
  51. Laboratório Interdisciplinar de Inovação em Organizações e Políticas Públicas (LABIPOL)
  52. LOLA Brasil – Liga Organizada das Liberais Associadas
  53. Movimento Acredito
  54. Movimento Urbano de Agroecologia
  55. MUDACENTRO POPULAR DE DIREITOS HUMANOS – CPDH
  56. Neoliberais Brasil
  57. Núcleo de Transmasculinidades da Rede Família Stronger
  58. Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil
  59. Oxfam Brasil
  60. PerifaLab
  61. Plan International Brasil
  62. Politica Viva
  63. Rede Brasileira de Conselhos – RBdC
  64. Rede Brasileira de Conselhos -RBdC
  65. Rede Justiça Criminal
  66. SEJA DEMOCRACIA/IMJA
  67. Sleeping Giants Brasil
  68. Think Twice Brasil
  69. Transparência Capixaba
  70. Turma do Bem
  71. Vetor Brasil
  72. Vote Nelas SP
  73. Washington Brazil Office
  74. WWF Brasil
  75. Zanzalab

 

Via: www.pactopelademocracia.org.br 

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Viver, Sobreviver, Votar e Vencer

17 de maio – Dia Internacional da Luta contra a homo, lesbo, bi e transfobia.

Um dos muitos dias de luta e memória da população LGBTQIA+ em todo o mundo. A luta por espaços plurais, diversos e realmente representativos se dá no dia a dia. A cada conquista, uma vitória para a população. A cada política pública, uma nova esperança renasce – com a certeza de dias melhores.

A Abong está completamente imersa nesta luta e caminha lado a lado – somando cada dia mais para que todas as pessoas possam ter o direito de existir, de ir, vir e construir melhores e maiores vidas. 

Em 2022, lançamos a campanha “Viver, Sobreviver, Votar e Vencer” para o mês da visibilidade LGBTQIA+. Uma campanha com o objetivo de potencializar nossa atenção para o agora, para direcionar nossa força e ação para o voto! Para que assim, consigamos viver, sobreviver e vencer!

 

Nesta mesma data, em 1977, cerca de três mil jornalistas assinaram um manifesto exigindo o fim da censura e instauração de uma imprensa livre no Brasil.

Lutar pela liberdade de imprensa continua sendo uma missão atual indispensável para a democracia. Em 2021, foram registrados 430 casos de perseguição a jornalistas e comunicadores/as populares no Brasil, segundo relatório da Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas.

A Abong entende que esta tarefa também passa por assegurar a diversidade e a presença de vozes historicamente silenciadas.

Vamos juntas, juntos e juntes construir uma imprensa livre, forte e diversa!

Liberdade é voz ativa.

Apoiar a diversidade nas instituições exige colorir os espaços de decisão com tons, corpos e vivências diversas!

Estaremos em todos os lugares para TRANSformar a sociedade em lugar seguro e habitável para todas, todos e todes.

A Abong faz parte desta luta e não está sozinha! Marchando lado a lado somos mais potentes.

Vamos nessa?

Vamos TRANSformar a política!

Em 2020, a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) registrou 30 candidaturas trans e travestis vitoriosas nas eleições, recorde de corpos trans e travestis na representação parlamentar

Mas, precisamos de mais! Nessas eleições, conheça as candidatas, candidates e candidatos trans da sua região que se posicionam em defesa da democracia e da conquista de direitos.

Derrubar a transfobia é uma luta coletiva para fortalecer a democracia e ela acontece também nas urnas!

Votar é um direito conquistado!

Nessas eleições, não abra mão de exercer o seu poder de escolha: pesquise, vote e acompanhe suas candidatas, candidatos e candidates!

Que a democracia tenha as cores, os corpos e, principalmente, as práticas de defesa dos interesses do povo.
A Abong compartilha desta luta! Vamos juntas!

Pessoas Pretas LGBTQIA+ são diversas e precisam ser representadas!

Na hora de escolher sua candidata, candidate ou candidato, abra os olhos para a pluralidade das lutas: LGBTQIA+ Pretas e Pretos existem e possuem demandas e lutas que são essenciais para o fortalecimento da verdadeira democracia.

Em outubro e no ano inteiro, conheça o plano de governo de uma candidata ou candidato preto, abra seus olhos e ouvidos e vamos juntas e juntos somar passos à essa caminhada!

A conquista de direitos para pessoas LGBTQIA+ também é uma luta das organizações da sociedade civil.

Se você faz parte da luta coletiva pela democracia, pela vida e pelos direitos de todas, todos e todes, a Abong tem um convite: vamos caminhar juntas?

Há 30 anos firmamos um compromisso diário de fortalecimento das organizações da sociedade civil, com a defesa de suas pautas e de espaços seguros para sua atuação.

Venha fazer parte desta caminhada!

Depois de dois anos acontecendo de modo virtual, a maior parada do mundo está prestes a ocupar a Avenida Paulista, com milhões de vozes reivindicando uma política que traga mudanças para a proteção e celebração da população LGBTQIA+.

A Abong e suas associadas estarão presentes para apoiar o evento e a luta histórica pelo direito de ser, viver e amar.

De todo lugar do Brasil ou do mundo, seja presencial ou online, seguiremos juntas, juntos e juntes no dia 19 de junho!

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ é uma conquista da luta de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres e homens transexuais, queer, intersexo, agêneros e mais, por direitos.
No Brasil, os movimentos LGBTQIA+ vêm, historicamente, fortalecendo e pautando mudanças importantes no cenário democrático.
A Abong se soma a essas milhares de vozes e deseja que neste 28 de junho possamos honrar esta luta, somar vozes às demandas por direitos, dizer basta à LGBTQIA+fobia, mas também celebrar a vida, os amores e os afetos de todas, todos e todes!

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Criminalização Burocrática: estratégias político-jurídicas, neoliberalismo e a atuação das organizações da sociedade civil.

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Criminalização Burocrática:
estratégias político-jurídicas, neoliberalismo e a atuação das organizações da sociedade civil
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Criminalización Burocrática:
estrategias político-jurídicas, neoliberalismo y la actuación de las organizaciones de la sociedade civi
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Bureaucratic Criminalization:
political-legal strategies, neoliberalism and the procedure of civil society organizations
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Abong-PE se posiciona por conta da tragédia política em Pernambuco

Nota Pública
Chuvas em Pernambuco não são um desastre natural, são uma tragédia política!

A Abong-PE vem, por meio desta nota pública, manifestar seu profundo sentimento de solidariedade à população atingida na Região Metropolitana do Recife, Agreste e Zona da Mata do Estado de Pernambuco. Uma tragédia política que já contabiliza 128 mortes e 9.302 pessoas desabrigadas de 27 municípios nesta sexta-feira (03/06).

As fortes chuvas que ocorreram no último dia 25 de maio atingiram, principalmente, a população mais pobre e periférica do estado, característica infelizmente recorrente às tragédias que acontecem quando o poder público ignora os desastres anunciados e se omite em seu papel de construir políticas públicas eficazes. Soma-se a isso a falta de um planejamento urbano que leve em consideração a situação de vulnerabilidade social, o que acaba obrigando as pessoas a construírem suas moradias em locais de alto risco. Esses fatores evidenciam o descaso do poder público com alguns dos direitos fundamentais garantidos na Constituição, como o direito à moradia digna e o direito à cidade.

Em Pernambuco, não é a primeira vez que tais acontecimentos são presenciados, com diferentes graus de devastação. Situações traumáticas causadas pelas mudanças climáticas também vêm sendo anunciadas e presenciadas de forma cada vez mais constante por todo o país. Desde o fim do ano passado, tragédias provocadas pelas fortes chuvas deixaram mortos, desabrigados e destruição no sul da Bahia, em São Paulo, Minas Gerais e na região serrana do Rio de Janeiro. Assim, diante de fatos que se repetem sistematicamente, não podemos considerar só as questões naturais da chuva ou o acaso: há responsáveis! Cabe ao Estado, por meio de suas políticas, se adiantar em medidas e planejamentos preventivos, assim como em ações sistemáticas de atendimento às populações atingidas, garantindo a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos e todas as cidadãs.

Em profunda solidariedade, a Abong se coloca ao lado das famílias atingidas e se soma às ações e campanhas que estão sendo realizadas para minimizar e aliviar os impactos de mais essa tragédia. A Abong também exige do Estado e suas instâncias que atuem agilmente no socorro e apoio a essa população, neste primeiro momento, e que implementem políticas efetivas que garantam o restabelecimento dos direitos e da vida digna à população atingida.

Pernambuco, 3 de junho de 2022.
Abong PE

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Podcast Nossos Saberes

Diante de um modelo econômico que provoca tanta desigualdade e danos irreversíveis ao planeta, queremos lembrar que há soluções e que elas já estão sendo praticadas.

Conheça o podcast Nossos Saberes, uma iniciativa do Projeto Novos Paradigmas.
A cada episódio, conheceremos iniciativas que agem na contramão de um sistema que tem destruído o planeta e a vida dos povos.

Acesse aqui e confira!

Vamos juntas e juntos nessa construção coletiva, urgente e necessária por outros mundos possíveis.

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Conheça a Nova Diretoria da Abong!

Abong elege nova Diretoria com equidade de gênero, racial, de orientação/identidade sexual e geracional

A Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais, divulgou, nos dias 24 e 25 de março,  em Encontro Nacional e Assembleia,  as novas diretoras e os novos diretores do próximo triênio. Os nomes foram indicados pelos coletivos estaduais que reuniram um quórum de, ao menos, 50% das organizações associadas, nos estados onde essas instituições atuam.

Foram eleitos para compor a diretoria executiva Débora Rodrigues (presidenta do CONSEA Bahia, Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável e Coordenadora de Programa da Associação Vida Brasil) e Keila Simpson (Presidenta da ANTRA Associação Nacional de Travestis e Transexuais) representando os estados da Bahia e Sergipe. Aldalice Moura da Cruz Otterlo (Membro da coordenação do Fórum Social do Pan Amazônia e Diretora do Instituto Universidade Popular – UNIPOP) do Pará, Athayde Motta (diretor-geral do IBase), do Rio de Janeiro. Cibele Kuss (Secretária executiva da FLD-COMIM-CAPA Fundação Luterana de Diaconia – Conselho de Missão Entre os Povos Indígenas – Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia), do Rio Grande do Sul. Carlos Magno de Medeiros Morais (Coordenador de mobilização Social no Centro Sabiá), de Pernambuco, representando o estado de São Paulo, Juliane Cintra de Oliveira (Coordenadora Institucional na Ação Educativa) e Henrique Botelho Frota (Diretor  do Instituto Pólis). Já para representar o corpo de Conselho de Ética foram escolhidos Romi Márcia Bencke, Sônia Gomes Mota, Regina Célia SantAnna Adami Santos e Maria José Rosado. Para o conselho fiscal foram escolhidos Marcos José da Silva, Bernadete Maria Konze e Maria Paula Patrone Regules. 

O evento reuniu organizações associadas à Abong e diferentes atores da sociedade civil brasileira e mundial, para discutir o papel das organizações da sociedade civil na construção de uma sociedade do bem viver. 

A atividade foi marcada por vários momentos de trocas entre os participantes, reflexões e arte. Houve também um amplo debate para a definição das estratégias futuras para o fortalecimento da luta e das pautas defendidas pela Abong. 

Além de duas mesas que nortearam debates importantes como: o contexto global e os desafios para atuação das OSCs no Brasil, mediado por Athayde Motta, com a participação de Keila Simpson (ANTRA), Dirce Piloto Varela (Plataforma das Ongs de Cabo Verde) e Juana Kweitel (Conectas Direitos Humanos); e a mesa Abong na luta antirracista, mediada por Débora Rodrigues, com a participação da Maíra Junqueira (Ford Foundation Brasil), Iara Pietricovsky (INESC), Maria Sylvia (Geledès). Esta última mesa, provocou uma reflexão sobre a luta antirracista e o papel das organizações da sociedade civil na implementação de políticas internas, contribuindo para o combate ao racismo estrutural.

O encerramento foi marcado por um ato ecumênico, com falas potentes de Makota Celinha e da Pastora Cibele Kuss, em homenagem às vítimas da Covid-19, da tragédia de Petrópolis, Bahia, Minas e das guerras na Palestina, Iêmen, Síria, Congo e na Ucrânia.

Ao celebrar três décadas de atuação na defesa e promoção da democracia, dos direitos humanos e dos bens comuns, nacional e internacionalmente, a Abong revisita sua história e a importância do papel que a organização vem cumprindo na luta pela construção de uma sociedade mais diversa, plural e acolhedora a partir dos olhares diversos de seus  diferentes protagonistas.

Para quem não acompanhou o Encontro Nacional, acesse aqui e assista o evento na íntegra.

 

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