Nota pública: Solidariedade ao CENIDH

Leia a nota da MESA de Articulação de Associações Nacionais, Plataformas e Redes Regionais de ONGs da América Latina e Caribe, publicada no dia 12 de dezembro. Abaixo a versão em português e espanhol.

Solidariedade ao CENIDH

O Conselho de Educação Popular da América Latina e Caribe – CEAAL e a MESA de Articulação de Associações Nacionais, Plataformas e Redes Regionais de OSCs da América Latina e Caribe solidarizam-se com o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (CENIDH), organização que no dia de hoje teve cancelada arbitrariamente sua pessoa jurídica.

As organizações abaixo assinadas reconhecem o valioso trabalho realizado pelo CENIDH na defesa dos direitos humanos dos nicaraguenses e lamentam a decisão tomada pelo governo da Nicarágua, em detrimento da democracia, da liberdade de expressão e do Estado de direito naquela nação.

Consideramos que o diálogo segue sendo necessário como saída pacífica para a crise sócio-política que a Nicarágua enfrenta, enquanto represálias contra as organizações da sociedade civil agudizam o conflito atual e continua (mantém) com a violência institucional.

Como redes e movimentos latino-americanos e do Caribe nos solidarizamos com o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos e ratificamos nosso compromisso de seguir avançando em direção a uma sociedade justa, livre e igualitária.

Conselho de Educação Popular da América Latina e Caribe – CEAAL

MESA de Articulação de Associações Nacionais, Plataformas e Redes Regionais de ONGs da América Latina e Caribe

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Solidaridad con el CENIDH

El Consejo de Educación Popular de América Latina y el Caribe – CEAAL y la MESA de Articulación de Asociaciones Nacionales, Plataformas y Redes Regionales de ONGs de América Latina y el Caribe, nos solidarizamos con el Centro Nicaragüense de Derechos Humanos (CENIDH), organización que el día hoy le cancelaron arbitrariamente su personería jurídica.

Las organizaciones abajo firmantes reconocemos la valiosa labor que ha realizado el CENIDH en defensa de los derechos humanos de los nicaragüenses y lamenta la decisión tomada por el gobierno de Nicaragua, en detrimento de la democracia, la libertad de expresión y el estado de derecho en esta nación.

Consideramos que el diálogo sigue siendo necesario como salida pacífica a la crisis sociopolítica que enfrenta Nicaragua, mientras que las represalias en contra de las organizaciones de la sociedad civil agudizan el conflicto actual y se continúa con la violencia institucional.

Como redes y movimientos latinoamericanos y del caribe nos solidarizamos con el Centro Nicaragüense de Derechos Humanos y ratificamos nuestro compromiso de seguir avanzando por una sociedad justa, libre e igualitaria.

Consejo de Educación Popular de América Latina y el Caribe – CEAAL

MESA de Articulación de Asociaciones Nacionales, Plataformas y Redes Regionales de ONGs de América Latina y el Caribe

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Nota Abong: Aldebaram Moura, presente!

A Abong lamenta o falecimento de Aldebaram Moura, na noite desta quarta-feira (5), em Belém do Pará. Coordenadora da FASE Amazônia e figura importante na luta dos povos da região, sua perda é sentida por todos e todas que lutam por um Brasil e um mundo mais justos, solidários e responsáveis na relação com a natureza.

Leia abaixo a nota de pesar divulgada pela FASE.

Aldebaram Moura, presente!

Lamentamos profundamente a morte da coordenadora da FASE na Amazônia. Mas algo nos acolhe nessa dor: o seu grandioso compromisso com as práticas por um mundo melhor

É com muito pesar que a FASE informa a morte de nossa companheira Aldebaram Moura, mulher feminista, amazônida de muitos lugares, educadora popular e mãe da Luna, como ela adorava se apresentar. A coordenadora da FASE na Amazônia faleceu, aos 45 anos, em Belém do Pará, na noite desta quarta-feira (5).

Baram, como se autodeclarava, era acima de tudo uma grande amiga, carinhosa, alegre, da luta, de muitos e muitas que ela tanto cativava e que, provavelmente, nem imaginava da energia e da leveza que fazia vibrar nas suas firmezas e nos seus encantamentos. Sim, era dada aos encantamentos, era da terra e era do mundo das pessoas mágicas, dos muitos universos, das simpatias, do sorriso frouxo, sorriso esse que já nos faz tanta falta.

Sua trajetória de militância começou nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), tanto no município em que nasceu, São Miguel do Guamá (PA), como no bairro Jabatiteua, onde passa a morar após se mudar para a capital paraense. Baram sempre primou pela construção coletiva, sendo uma pessoa reconhecidamente agregadora. Ajudou a mobilizar diversos grupos da Amazônia em favor dos direitos e contra as desigualdades. Acompanhou também muito fortemente os movimentos populares urbanos. Baram esteve presente em grandes lutas por cidades mais democráticas e participativas na Amazônia e em nível nacional. Colaborou, inclusive, para a construção de políticas que à época integravam a então chamada Reforma Urbana, como habitação, mobilidade, uso da terra, dentre outros eixos ligados ao Direito à Cidade.

Entrou para a FASE em 2004, tonando-se coordenadora do programa regional em 2013. Com o passar dos anos, também passa a se aproximar de movimentos feministas, realizando atividades de formação relacionadas aos direitos das mulheres em diversos territórios. Nos últimos anos, se dedicou com muito empenho ao fortalecimento da agroecologia na Amazônia.

Essa é uma daquelas perdas que nos deixa em suspenso, sem chão, incrédulos, incrédulas e a nos perguntar como tamanha vitalidade se esvai assim de modo tão repentino? Não há nesse momento o que nos conforte. Há tristeza. Mas, há também algo em que nos acolhe nessa dor: o seu enorme, o grandioso compromisso de Baram com a vida, com seu povo, com as crenças e as práticas por um mundo melhor.

Aldebaram se vai, mas, se vai como uma estrela de primeira magnitude que seu nome inspira e informa. Assim como em vida, ela seguirá brilhando em direção à constelação de muitos corações, que agora sofrem com sua perda. Que seus familiares se sintam acolhidos por seus amigos e amigas da FASE e das muitas vivências de luta que Baram tanto ajudou a construir.

Siga em paz. Aldebaram, presente!

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Mais de 140 organizações e representantes da sociedade assinam manifesto contra a extinção da EBC

Por ‘Em Defesa da EBC

Ajustes podem ser feitos, uma vez que nenhuma área é imune a críticas. Contudo, não se pode confundir a necessidade de aperfeiçoamento com o fim de serviços essenciais à sociedade brasileira”. Mais de 140 organizações e representantes da sociedade civil brasileira lançam uma carta-manifesto contra a extinção da Empresa Brasil de Comunicação, a EBC.

Confira na íntegra abaixo, juntamente com a lista de organizações:

CARTA EM DEFESA DA MANUTENÇÃO DA EBC E DA COMUNICAÇÃO PÚBLICA 

Entrou na agenda da transição para a gestão de Jair Bolsonaro uma possível extinção ou reestruturação radical da Empresa Brasil de Comunicação. Entre integrantes do governo e no debate público, aparecem argumentos contrários que apontam, por exemplo, questões sobre a necessidade de existência da empresa, sua origem, sua vinculação a um determinado partido e acerca dos níveis de audiência. 

A EBC é uma estrutura que adaptou à Constituição duas estruturas históricas: a Radiobrás e a TVE do Rio de Janeiro, ambas criadas em 1975. Portanto, a história da EBC é antiga, com sua sua contribuição à sociedade há mais de 40 anos. A empresa, e suas antecessoras, passaram pelas mais variadas gestões do Executivo, dos mais distintos partidos. A forma jurídica da EBC, essa sim de 2008, cumpriu o que mandava a Constituição afirmando o sistema público e ajustou as antigas estruturas aos modelos consagrados internacionalmente, como a britânica BBC, a francesa France Televisóns, a italiana Rai e as alemãs ZDF e ARD.

A TV Brasil, mesmo com toda a dificuldade de sinal e falta de investimento em retransmissoras, segundo informações do instituto Kantar Ibope relativas a outubro, foi a 7a emissora aberta mais assistida do Brasil (com crescimento de 64% desde 2016). Além disso, é a única com programação infantil aberta, veiculando 35h semanais.  A Agência Brasil teve 16 milhões de acessos no 1o semestre e distribui conteúdo gratuito para milhares de veículos em todo o país, de portais consagrados a jornais locais. A Radioagência Nacional abastece mais de 4,5 mil estações em todas as regiões com mais de 1 mil conteúdos mensais. A Rádio  Nacional – a mais tradicional emissora brasileira – e a Rádio MEC – a primeira emissora de rádio do país hoje voltada para um público interessado no melhor de nossa música, clássica e popular – se confundem com a própria história do rádio no país. A Rádio Nacional da Amazônia chega aonde nenhum meio de comunicação alcança, enquanto a Rádio Nacional do Alto Solimões cumpre um papel geopolítico central na tríplice fronteira Brasil, Colômbia e Peru. 

Mas a EBC é mais do que seus veículos públicos. Ela é essencial à comunicação de governo por meio da produção da Voz do Brasil, que leva a todo país informações dos 3 poderes, pelo canal NBR, que transmite pronunciamentos e cerimônias de presidentes e ministros, da publicidade legal, que faz um trabalho de veiculação de balanços e comunicados oficiais da Administração Pública. Assim como  Câmara, Senado e Supremo Tribunal Federal possuem suas estruturas, a EBC é a produtora e mantenedora, na forma de serviços, da comunicação de governo. 

E o orçamento da empresa é pequeno perto de sua contribuição. Ele vem variando na casa dos R$ 500 milhões. Além disso, a EBC possui receitas próprias e um fundo próprio que acumula cerca de R$ 2 bilhões e poderia mantê-la pelos próximos quatro anos sem gastos do governo federal. Quanto à sua estrutura, ela está longe de ser inchada, com pouco mais de dois mil funcionários. Quanto aos salários, em que pese remunerações altas na cúpula e nos cargos de gestão, os salários dos trabalhadores concursados estão entre os mais baixos do Executivo Federal.

A comunicação pública não é uma invenção de um partido. É uma modalidade existente desde o início do século XX e com papel de destaque nas sociedades mais liberais do mundo. Governos de todas as  matizes políticas entenderam que a informação e a pluralidade são princípios importantes e que todo país precisa de estruturas que visem atender o público em toda sua diversidade, uma vez que a mídia comercial possui limites pelo seu modelo de financiamento. Tal relevância e necessidade foram reconhecidos na Carta Magna e são defendidos pelas Nações Unidas por meio de organizações como a Unesco e de suas relatorias para a liberdade de expressão. Da mesma maneira,  aqui no Brasil as emissoras estaduais existem desde 1967 sendo reconhecidas por gestões estaduais das mais variadas orientações políticas.

A manutenção da EBC e de seu caráter público, portanto, está ligada ao respeito à própria Constituição. Urge que a classe política faça um debate desapaixonado e apartidário sobre o tema. Ajustes podem ser feitos, uma vez que nenhuma área é imune a críticas. Contudo, não se pode confundir a necessidade de aperfeiçoamento com o fim de serviços essenciais à sociedade brasileira.

Subscrevem esta carta as seguintes entidades, redes e pessoas:

 

Entidades nacionais

Andes-SN – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
Articulação  Nacional de Agroecologia (ANA)
Articulação  Nacional Mulheres Negras Brasileiras
Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação 
Artigo  19
Associação  Brasileira de Comunicação Pública 
Associação  Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais
Associação  Brasileira de Organizações não Governamentais (Abong)
Associação  Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política – COMPOLÍTICA
Associação Nacional de Pós-Graduandos
Associação  Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço)
Associação  Brasileira dos Expostos ao Amianto
Associação  Mundial de Rádios Comunitárias
Associação  Mundial de Rádios Comunitárias – Brasil  (AMARC BRASIL) 
Associação  Nacional de Travestis e Transexuais
Brasil  de Fato
Brigadas Populares
Central  Única dos Trabalhadores (CUT)
Centro  de Cultura Luiz Freire
Centro  de Defesa da Vida Herbert de Souza
Centro  de Educação e Assessoramento Popular – CEAP
Centro  de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
Centro  Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social – CENDHEC
Ciranda  Internacional da Comunicação Compartilhada
Comissão  Nacional de Ética dos Jornalistas Brasileiros
Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial 
Compas  – Comunicação Compartilhada
Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal
Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino
Conexão Audio-Visual Centro-Oeste, Norte e Nordeste
Confederação  Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee)
Conselho  Nacional de Igrejas – CONIC
Dom da Terra AfroLGBTI
FASE  – Solidariedade e Educação
Federação  Interestradual de Trabalhadores em Rádio e TV
Federação Interestradual dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de  Telecomunicações
Federação Interestradual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – FITEE
Federação  Nacional dos Jornalistas (Fenaj)
Fórum  Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC)
Frente  Palestina Livre
Frente Brasil Popular
Frente  Povo sem Medo
Fundação Perseu Abramo
Gabinete  de Assessoria Jurídica às Organizações Populares – GAJOP
Grupo  de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom
Instituto  Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE
Instituto  de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH)
Instituto  Imersão Latina
Internet  Sem Fronteiras – Brasil
Intervozes  – Coletivo Brasil de Comunicação Social
Justiça  Global
Levante  Popular da Juventude
Movimento  dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra
Movimento  dos Trabalhadores Sem Teto
Movimento  Negro Unificado
Núcleo Piratininga de Comunicação
Plataforma  Brasileira de Direitos Humanos – DHESCA Brasil 
Rede  de Rádios Universitárias do Brasil (RUBRA) 
Rede  Feminista de Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos
Rede  RadioJor
SOS  Corpo – Instituto Feminista para a Democracia
Soweto  Organização Negra
Terra  de Direitos
União Latina de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura
União Nacional dos Estudantes

União de Negros pela Igualdade

Entidades regionais, estaduais e locais

Associação Baiana de Radiodifusão Comunitária
Associação Brasileira de Rádios Comunitárias – Abraço
Associação dos Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (ADUFU-SS)
Associação Maranhense de Travestis e Transexuais
Associação Paranaense da Parada da Diversidade – APPAD
Central Única dos Trabalhadores – CUT/RJ
Centro de Defesa da Criança e do Adolescente – CEDECA Ceará
Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá
Coletivo de Jornalistas Sindicato é Pra Lutar São Paulo
Comissão de Jornalistas para a Igualdade Racial / AL
Comissão de Jornalistas para a Igualdade Racial / DF
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial / RJ
Comissão Estadual dos Blogueiros Progressistas, Ativistas Digitais e Coletivos de Mídia de São Paulo
Comitê do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação -BA
Comitê do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação -DF
Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno
Congregação da Faculdade de Comunicação-UFBA
Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo
Escola de Comunicação-UFRJ
Fórum de Ciência e Cultura-UFRJ
FÓRUM DE MULHERES NEGRAS DO DF E ENTORNO
Fórum Pernambucano de Comunicação (FOPECOM)
Frente Paranaense pelo Direito à comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex-PR)
Frente Paranaense contra a Privatização da Saúde
Grupo Cactos, Gênero e Comunicação em Paulista-PE
Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia da Comunicação e da Informação- PEIC-UFRJ
INSTITUTO COMUNIDADE PRAIA VERDE (COPRAV)
Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC
Laboratório de Políticas de Comunicação (LaPCom) da Universidade de Brasília
Movimento TF Livre
Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul
N’Zinga Coletivo de Mulheres Negras de Belo Horizonte
Observatório da Mídia/UFES
Observatório de Comunicação Pública da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS
Odara Instituto da Mulher Negra da Bahia
Pontão de Cultura Digital da Escola de Comunicação- UFRJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação da FACOM-UFBA
Programa de Pós-graduação em Comunicação e Territorialidades da Universidade Federal do Espírito Santo (PósCom-Ufes)
Sindicato dos Servidores da Saúde Pública do Paraná
Sindicato dos Jornalistas do DF
Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Ceará
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná
Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte
Sindicato dos Professores do DF (SINPRO-DF)
Sindicato dos Radialistas do DF
Sindicato dos Radialistas no Estado de São Paulo
Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo
Sindicato dos Bancários do Espírito Santo
Sindicato dos Servidores do IFCE
Sindicato dos Bancários de Londrina e Região
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação Pública do Pará
Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Univers. Federal Rural do RJ (SINTUR-RJ)
Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (SINTET-UFU)
Sindicato dos Técnico-Administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS (ASSUFRGS)
Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Município de Juiz de Fora (SINTUFEJUF)
Sindicato do Trabalhadores e Técnicos Administrativos em Educação da UFTM (SINDTTAE-UFTM)
Sindicato dos Trabalhadores da Fundação da Universidade de Brasília (SINTFUB)
Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul
Sindicato dos Jornalistas do Estado do Paraná
Sindicato dos Servidores Federais no Maranhão (Sindisep-MA)
Sinpro Minas
Sociedade Civil Acaua
Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH
Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos – SPDD

Pessoas

Tereza Cruvinel – ex-presidente da EBC
Nelson Breve – ex-presidente da EBC
Padre Júlio Lancellotti
Aderbal Freire Filho – dramaturgo
Ex-INTEGRANTES do Conselho Curador da EBC: 
Rita Freire – ex-presidenta
Ana Luiza Fleck Saibro – ex-presidenta
Ima Vieira – ex-presidenta
Daniel Aarão Reis 
Isaias Dias 
Joel Zito Araújo 
Murilo César Ramos 
Venicio A. de Lima
Akemi Nitahara 
Guilherme Strozi 
Rosane Bertotti 
Eliane Gonçalves
Sergio Miletto
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Amti Sengupta, Presente!

A Associação Brasileira de ONGs (Abong), reunida em Brasília essa semana para um encontro do seu conselho diretor, quer expressar a sua profunda tristeza com a partida do Amit Sengupta. Uma página da história do mundo e do FSM está virada. Amit teve uma contribuição incisiva e determinante para existência e construção do Fórum Social Mundial e destacou-se como uma pessoa excepcional, profundamente humana e fundamentalmente preocupada com a construção de um outro mundo, uma pessoa que contribuiu para o que somos, e principalmente para alimentar as nossas utopias. Expressamos os nossos sentimentos de tristeza e solidariedade para sua família, ao mesmo tempo que celebramos a sua vida. Obrigado, Amit, e adeus! Sua memória e o seu legado permanecem vivos!

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Nota pública: ao atacar sociedade civil, Bolsonaro se comporta como numa ditadura

Foto: Divulgação

A ABONG – Organizações em Defesa dos Direitos e Bens Comuns vem a público manifestar-se contra as declarações do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, que neste domingo, 21 de outubro, mais uma vez desafiou nossa democracia com declarações que são verdadeiras ameaças contra as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) brasileira.

Em fala transmitida a manifestantes a favor de sua candidatura, Bolsonaro afirmou que fará uma “faxina” e que os “marginais vermelhos” serão “banidos” do país, em referência aos seus adversários. “A faxina agora será muito mais ampla. Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão pra fora ou vão para a cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria”. (…) “Vocês não terão mais ONGs para saciar a fome de mortadela de vocês. Será uma limpeza nunca vista na história do Brasil.” (Leia em matéria do Observatório).

Ao proferir declarações inaceitáveis como estas, Bolsonaro não apenas age em nome de um projeto de ditadura, como se comporta como se já estivéssemos lá, em desconhecimento total da Constituição de 1988 e ao Estado Democrático de Direito, bem como das muitas garantias institucionais que dão sustentação aos direitos civis e políticos, muitas das quais sustentam, por exemplo, a existência de partidos como o dele.

Prezamos a liberdade de expressão, porém ela não pode servir de guarida para uma sequência de expressões de ódio que autorizam a violência e o desrespeito à diversidade, característica intrínseca da sociedade brasileira.

> Leia também: Eleições 2018 – Não há vitória sem democracia

A grande maioria das ONGs brasileiras são instituições responsáveis e respeitáveis que atuam na luta contra a desigualdade, com profundo compromisso à democracia. O Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 assegura a liberdade de pensamento e de organização autônoma. As OSC somente podem ser encerradas por decisão judicial transitada em julgado, sendo vedada a interferência do Executivo em seu funcionamento.

Não existe nenhuma área das políticas públicas brasileiras sem a participação efetiva de OSCs. Somos distintas, diversas, autônomas em relação aos partidos, igrejas e governos. Mas não somos apolíticas. Defendemos os preceitos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e somos contra qualquer forma de ditadura ou de ditadores!

Compreendemos que a maior crise no Brasil é a desigualdade, causa da violência, da fome e da exclusão da maior parte do povo Brasileiro de acesso aos direitos. A saída para o Brasil não é mais violência, nem armar povo contra povo.

As declarações do candidato demonstram um viés autoritário e desrespeitoso com o diferente e vão de encontro aos valores da democracia, da justiça e da paz!

#EmDefesadaDemocracia

#NenhumDireitoaMenos

#EleNão

Direção Executiva da Abong

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Nota pública: repúdio ao Decreto Federal nº 9.527

Articulação para o monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil vem a público manifestar total repúdio ao Decreto Federal nº 9.527, de 15 de outubro de 2018, que cria a Força-Tarefa de Inteligência para o enfrentamento ao crime organizado no Brasil.

O Decreto é mais uma prova de que vivemos tempos difíceis e de avanço de ações arbitrárias em nosso país. Na “calada da noite” enquanto a sociedade e todos os olhares acompanham o processo eleitoral no Brasil, também este eivado de procedimentos arbitrários, violentos e com denúncias de procedimentos que ferem a lei eleitoral, o governo em mais uma de suas maquinações com as forças de segurança e órgãos administrativos do país, institui por decreto uma ação que esconde seus reais objetivos.

O enfrentamento ao crime organizado e o uso da inteligência para tal não pode ser genérico, pois abre possibilidades de enquadramentos que não são classificáveis desta forma, constituindo-se em ameaça aos preceitos constitucionais que protegem e conferem a todos os cidadãos e cidadãs o gozo pleno de seus direitos, sobretudo os de livre manifestação e livre organização, contanto que para fins pacíficos. Tudo isso, sem prejuízo da necessária apreciação judicial de tal diploma, aponta fortes traços de inconstitucionalidade, devendo ser suspenso, em sua integralidade, em resguardo aos diversos princípios e regras constitucionais que podem restar malferidos, a começar, pelo provável vício de competência, dado que, em larga medida, acaba por dispor sobre matérias suscetíveis de alteração somente por via de lei ordinária ou mesmo complementar, somente no que a vigente Constituição permite.

Ademais, o caráter da composição e da coordenação da Força-Tarefa, totalmente atrelada às forças do Estado, sem medida alguma de transparência com relação à “Norma Geral de Ação”, podendo ser convocada “sempre que necessário”, e “sem quórum mínimo” para a realização de reuniões de trabalho, leva a crer que os resultados do trabalho desta Força-Tarefa redundarão em mais controles (individuais e sociais), mais criminalização de grupos e lideranças sociais, e mais arbitrariedades por parte das forças de segurança do Estado brasileiro.

Por todas estas razões, pela defesa da Democracia e dos Direitos Humanos, manifestamo-nos contra este Decreto e exigimos sua imediata revogação!

Coordenação da Articulação para o Monitoramento dos DH no BrasilMovimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH

Processo de Articulação e Diálogo Internacional – PAD

Fórum Ecumênico – ACT Brasil

Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH

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Eleições 2018: Não há vitória sem democracia

Foto: Mídia Ninja

A Abong, organização autônoma que congrega 250 organizações da sociedade civil brasileira que lutam pela liberdade, pela igualdade, pela democracia, pela construção de modos sustentáveis de vida, pela defesa dos bens comuns e que praticam a solidariedade entre todas as pessoas, vem à público posicionar-se frente ao contexto político do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil.

A Constituição de 1988, uma conquista democrática do povo brasileiro pelo livre direito de expressão, de organização e de luta por direitos, está em risco porque uma das duas candidaturas à Presidência do Brasil representa a instauração de um regime de segregação, de violência e de desrespeito aos direitos civis e sociais, ambientais e econômicos da maioria de brasileiras e brasileiros. O candidato do PSL questiona os espaços de participação e controle social, desvaloriza as instâncias democráticas e propõe a solução para os problemas de segurança nacional através da liberação indiscriminada do porte e uso de armas, transferindo para a população a responsabilidade de garantir sua própria segurança que é constitucionalmente um dever exclusivo do próprio Estado. Além disso, prega agendas contrárias à igualdade de gênero, aos direitos sexuais e reprodutivos, à proteção do meio-ambiente; promove o racismo e, do ponto de vista econômico, aposta em ideias que apenas causarão maior concentração de renda e desigualdades.

Frente a estas propostas, ao incitamento ao ódio e à intolerância, a Abong não se manterá neutral, pois o que está em jogo é a defesa da própria democracia, da garantia de um ambiente plural, onde brasileiros e brasileiras possam resolver seus conflitos sociais e políticos através do debate de ideias, da participação social, da busca pelo consenso e do diálogo.

Para a Abong, a solução das crises econômica, social e ambiental que enfrenta o Brasil só será possível pela união em torno de direitos, do fim das desigualdades, pela defesa inabalável dos bens comuns e pela total inclusão e acesso às políticas públicas, principalmente das amplas parcelas que foram historicamente excluídas.

A sociedade civil brasileira caracteriza-se pela pluralidade e diversidade e tem um protagonismo político e social na defesa dos mais variados direitos politicos, sociais, ambientais e econômicos. Através das suas organizações e movimentos livres, reivindicamos direitos, defendemos ideias e praticamos um ativismo democrático que deve ser incentivado e apoiado pelo Estado brasileiro.

Dizemos não à possibilidade de um governo que criminalize o direito à livre organização, manifestação e mobilização social, que indica o estabelecimento de um regime autoritário, anti-democrático e violento contra todo o povo brasileiro. Esta possibilidade precisa ser barrada nas urnas, pelo voto livre e democrático do povo brasileiro, pelo nosso voto. Dizemos não a qualquer governo que instigue a divisão da sociedade, que alimente o ódio entre brasileiros, gerando um clima de alta violência, intolerância, desrespeito às diferenças e de desagregação social.

O Brasil precisa de um governo que respeite a Constituição, que consiga unir o povo brasileiro e que fortaleça as instituições democráticas, inclusive através do incentivo e da valorização da participação social e popular nos espaços de decisão das políticas públicas.

A Abong conclama suas associadas e a sociedade civil a votar nos valores da democracia, dos direitos e da paz. Reitera a necessidade de que o novo governo eleito deve assumir compromissos de ampliação e radicalização da democracia, com diálogos com a sociedade civil através da ampliação dos mecanismos de participação social e popular na definição das políticas públicas, com transparência, regulação e efetivas instituições democráticas, esta sim a única forma eficaz de erradicar a corrupção do Brasil.

#emdefesadademocracia

#nenhumdireitoamenos

#EleNão

Conselho Diretor da Abong

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Via Campesina denuncia: O Golpe Atinge As Sementes Crioulas

26/07/2018

A Via Campesina, que aglutina 15 organizações do campo, denuncia por meio de Nota o Golpe que atinge as Sementes Crioulas no Brasil. O Documento divulgado nesta quinta-feira, 26 de julho, denuncia a ilegalidade do parecer jurídico assinado pelo Procurador da CONAB, advogado Ricardo Augusto de Oliveira, o qual proíbe e impede que sementes crioulas sejam utilizadas no Programa de Aquisição de Alimentos, Programa do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.

Para o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), movimento que integra a Via Campesina, “o parecer jurídico irá afetar não só os camponeses e camponesas, mas também, de forma direta a construção da Soberania Alimentar e Nacional, assim como a reprodução, multiplicação e comercialização das Sementes Crioulas, o que irá aumentar ainda mais a Fome no país”.

Confira nota na integra:

O Golpe Atinge as Sementes Crioulas

As sementes crioulas são a base da segurança alimentar das famílias pobres do campo e o ponto de partida para a produção de alimentos saudáveis. Eram utilizadas normalmente no Programa de Aquisição de Alimentos – PAA Sementes – desde o início deste Programa.

Porém, um parecer pseudojurídico de um procurador da CONAB está extinguindo esta possibilidade.

O parecer jurídico, inconsistente e ilegal, é assinado pelo Procurador da CONAB, advogado Ricardo Augusto de Oliveira, proíbe e impede que sementes crioulas sejam utilizadas no Programa de Aquisição de Alimentos, Programa do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.

O Programa é executado em conjunto pelo MDSA e CONAB desde o ano de 2004.

Com isto, muitas toneladas de sementes produzidas se transformarão em grão para consumo e milhares de famílias pobres do campo, entre elas indígenas e quilombolas, ficarão sem sementes para produzir sua subsistência. Mais um rosto da fome se expressando no campo: impedir de plantar o que comer.

Os argumentos jurídicos do procurador são improcedentes e falsos, como parece estar se tornando moda entre os juristas alinhados ao golpe perpetrado no Brasil em 2016.

Argumenta o dito jurista que as sementes crioulas precisam registro no RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas). Ora, mas a Lei de Sementes dispensa este Registro para as Sementes/Cultivares de Variedades Crioulas, como se pode ver:

Diz a LEI No 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003, conhecida com Lei das Sementes, em seu Art. 2o , inciso XVI:
“Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

XVI – cultivar local, tradicional ou crioula: variedade desenvolvida, adaptada ou produzida por agricultores familiares, assentados da reforma agrária ou indígenas, com características fenotípicas bem determinadas e reconhecidas pelas respectivas comunidades e que, a critério do Mapa, considerados também os descritores socioculturais e ambientais, não se caracterizem como substancialmente semelhantes às cultivares comerciais;”
E, na mesma Lei, no artigo 8º:

Art. 8o As pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades de produção, beneficiamento, embalagem, armazenamento, análise, comércio, importação e exportação de sementes e mudas ficam obrigadas à inscrição no Renasem.”

Porém, em seu§ 3o assim se expressa a Lei:

“§ 3oFicam isentos da inscrição no Renasemos agricultores familiares, os assentados da reforma agrária e os indígenas que multipliquem sementes ou mudas para distribuição, troca ou comercialização entre si.”

Conclusão meridianamente clara: não pode o Estado e nenhum de seus agentes exigir o que a Lei dispensa. Como gostam de dizer, não estão acima da Lei.

Agarra-se, porém, o Procurador Dr. Ricardo também em outro item: a CONAB entra no processo entre os agricultores familiares produtores de sementes e os agricultores familiares beneficiados pelo PAA Sementes como “COMERCIALIZADORA,” o que seria vetado pela Lei das Sementes.

Outro equívoco abissal do Procurador. A CONAB participa do programa como MEDIADORA e EXECUTORA de Programa Social visando cumprir preceito Constitucional de ERRADICAR A POBREZA EXTREMA.

Apega-se o tal Procurador no fato de que a CONAB “emite nota”, o que convalidaria “comercialização”, ato ilegal em seu parecer.

Ora, o fato de “emitir nota” não caracteriza, em si,“ato comercial”, mas apenas uma formalidade necessária aos procedimentos legais como transporte, remuneração da entidade fornecedora, quantificação, entre outros.

O Ato Originário, programa ministerial PAA visando minimizar situações de carência, não é comercial, sequer empresarial e a participação da CONAB, em si, não tem o condão de mudar o ato originário, a não ser na aparência e na mera formalidade, formalidade esta, em parte mínima do processo. O procedimento mediador viabiliza o processo todo, fazendo com que a Semente Crioula saia das unidades de produção de agricultores familiares e chegue até os beneficiários finais do Programa Social, agricultores familiares em situação de vulnerabilidade social e alimentar.

Ressalte-se: a CONAB é remunerada para executar este Programa e o salário de seus servidores são pagos pelo Governo, razão porque a CONAB em si, não usufrui de nenhum lucro ou dividendo direto das sementes, o que descaracteriza qualquer veleidade de “ato comercial” e reafirma o caráter meramente MEDIADOR de sua ação.

Consta ainda entre os objetivos da CONAB em seus Estatutos, aparentemente, esquecidos pelo Procurador Dr. Ricardo:

“Suprir carências alimentares em áreas desassistidas ou não suficientemente atendidas pela iniciativa privada;

“Participar dos programas sociais do Governo Federal que guardem conformidade com as suas competências;”

Porém, o objetivo real é extinguir o PAA – Sementes e os argumentos de aparência legal são apenas o meio. Este Governo serve aos grandes proprietários rurais e às multinacionais das sementes que querem extinguir o controle popular da biodiversidade agrícola.

E assim, com aparência de legalidade, O GOLPE ATINGIU AS SEMENTES CRIOULAS E QUEM AS PRODUZ E UTILIZA.

Um dos efeitos imediatos, é o aumento da fome entre as famílias camponesas, indígenas e quilombolas.

O outro, tão grave quanto este, é a diminuição da oferta de alimentos saudáveis a toda a sociedade brasileira.

Via Campesina – Brasil, 26 de julho de 2018.

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ABONG – Carta aberta ao Governador de São Paulo Márcio França

03/07/2018

O Estado de São Paulo possui a tradição de ter uma política para o Meio Ambiente, muitas vezes pioneira no Brasil. São exemplos, o Conselho Estadual de Meio Ambiente, o ICMS Ecológico, o Sistema de Recursos Hídricos, os órgãos técnicos de pesquisa, de fiscalização e de gestão.

Ultimamente este protagonismo tem sido afetado pela instabilidade na gestão, pela troca constante de secretários e dirigentes. Na atual gestão no Governo do Estado iniciada em 2015 já tivemos três secretários, seis diretores executivos da Fundação Florestal, além da substituição de diversos outros cargos importantes no setor ambiental.

Em grande parte, essas trocas não se deveram a questões de gestão ou técnica, mas a arranjos políticos partidários pontuais. A recente substituição do Secretário Mauricio Brusadin conforme noticiado é mais um desses tristes exemplos.

Pelo histórico recente, com o acúmulo de efeitos na administração do sistema, pelo curto prazo remanescente de mandato, uma nomeação política deve agravar os efeitos negativos desta situação, colocando em risco o bom desempenho da missão institucional da Secretaria de Meio Ambiente.

Assim as entidades abaixo vêm se manifestar reivindicando que a condução do Sistema Ambiental Paulista seja feita por quadros técnicos capacitados e comprometidos com a questão ambiental, de maneira a não comprometer diversos processos em andamento, como a elaboração de Planos de Manejo de Unidades de Conservação, a regulamentação do Programa de Regularização Ambiental, dentre outros.

ABONG SP

AMIGOS DA TERRA

COPAÍBA

CUNHAMBEBE

IMAFLORA

INICIATIVA VERDE

IPÊ

ISA

MOVIMENTO MAIS FLORESTAS PRA SÃO PAULO

REDE DE ONGs DA MATA ATLÂNTICA – SP

SOS MATA ATLÂNTICA

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ABONG – Nota pública: Vitória das mulheres na Argentina!

O Conselho Diretor da Abong, reunido em São Paulo nestes dias 14 e 15 de junho, parabeniza as mulheres argentinas pela vitória histórica com a aprovação pela Câmara da descriminalização do aborto até 14 semanas de gravidez. A votação, que durou 23 horas e atravessou a madrugada de quarta para quinta-feira, foi acompanhada a cada minuto por guerreiras dos movimentos de mulheres.

Este foi apenas mais um capítulo de uma impressionante jornada de lutas e manifestações das feministas do país. O lenço verde com a frase “educação sexual para decidir, anticoncepcional para não abortar, aborto legal para não morrer” já está marcado na história das lutas das mulheres em todo o mundo.

Caso seja ratificada em votação no Senado, a Argentina se juntará ao Uruguai entre os países do Cone Sul que reconhecem o direito das mulheres à autonomia sobre seus próprios corpos. Torcemos para que o peso político da Argentina, país com uma dimensão fundamental na América Latina, seja um fator para alavancar essa discussão em todos os países.

Num momento em que o Brasil sofre ataques de forças conservadoras, que ameaçam retroceder até mesmo no direito à interrupção da gravidez nas circunstâncias em que ele já é previsto em lei, a vitória das argentinas é uma inspiração e um reforço na luta pelos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.

É pela vida das mulheres!

São Paulo, 15 de junho de 2018
Abong – Organizações em Defesa dos Direitos e Bens Comuns

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