Abong lança novo site com design moderno; confira

Novo projeto gráfico facilita navegação do leitor nos conteúdos de sua preferência

Neste mês a Associação Brasileira Organizações Não Governamentais (Abong) lançou novo site, produzido pela Quijaua: mais moderno, organizado e com projeto gráfico mais agradável ao leitor.

O desenho do site mudou. A home está mais atrativa, baseado nas cores do logo da Abong: laranja, branco e azul. O grande destaque visual ficou por conta dos 3 conteúdos no slide da página principal, que podem variar entre notícias, informes e notas públicas, selecionados pela equipe de Comunicação.

A organização é prioridade no novo layout. Agora, por exemplo, os leitores podem procurar as associadas da Abong com maior facilidade na home do site:

O Observatório da Sociedade Civil, canal de notícias da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), cuja proposta editorial passa por construir um ambiente cada vez mais favorável à atuação das Organizações da Sociedade Civil (OSCs), também ganha destaque no novo site. O leitor agora pode conferir as 3 principais notícias do Observatório, na home da Abong.

Dividido em 7 setores: Quem Somos; O que fazemos; Projetos; Nossa opinião; Notícias; ONGs do Brasil e Fale Conosco, a busca interna se tornou mais rápida e com uma estrutura melhor desenhada para as exigências atuais, o que deve melhorar o desempenho da Abong em motores de busca como o Google. Acesse!

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Pesquisa Perfil 2018: prazo para participação prorrogado até 20/11

A resposta de cada associada é essencial tanto para a ampliação de nossas relações institucionais e associativas, como para o fortalecimento do campo

O prazo para que as associadas participem da pesquisa Perfil 2018 foi prorrogado até o dia 20 de novembro. O questionário online foi reenviado para todas as associadas nesta quarta-feira (7), iniciando um novo período na coleta de informações.

O Perfil 2018 se junta ao processo de preparação para a Assembleia Geral da Abong, que acontecerá em março de 2019. A resposta de cada associada é essencial tanto para a ampliação de nossas relações institucionais e associativas, como para o fortalecimento do campo.

A Abong realiza esse levantamento desde 1994. Seu intuito é identificar as principais características das associadas, como os temas que são trabalhados, detalhes da estrutura funcional e formas de financiamento e comunicação.

Cada edição analisa novos aspectos, escolhidos em função do contexto político que influencia as associadas, ou ainda por sua importância para a estratégia de ação da Abong. Além disso, a pesquisa é fundamental para a atualização dos dados das associadas no site, importante canal de conhecimento e informação sobre elas.

A Abong disponibiliza os resultados em seu site de forma a ser útil para academia, mídia, governantes, entre outros. A Associação também produz análises críticas dos dados levantados comparando-os com os de pesquisas anteriores, o que tem sido um importante instrumento de aprofundamento da compreensão dos processos de mudança ocorridos e da evolução do trabalho das organizações participantes. Com a participação de todas, teremos um retrato dos desafios enfrentados e caminhos desenvolvidos por nossas associadas, possibilitando a definição de estratégias que dialoguem com essa realidade.

Confira como acessar e preencher o relatório:

A pesquisa está disponível aqui. Para responder, cada associada precisa utilizar um token de acesso, uma sequência de 15 caracteres (letras e números) enviada por e-mail, que permite ao sistema reconhecer a sua organização e preencher automaticamente alguns dados básicos já presentes em nosso cadastro. O questionário poderá ser acessado quantas vezes for necessário para preenchimento.

Os tokens foram enviados novamente para todas as associadas nesta quarta-feira. Caso não tenha recebido, entre em contato com o Escritório Nacional da Abong, pelo e-mail perfil@abong.org.br ou telefone (11) 3237-2122.

Algumas dicas:

  • A parte “Identificação” está preenchida com os dados da última pesquisa, é só conferir e mudar o que for necessário.
  • Você terá que preencher cada parte para seguir adiante, mas depois de preenchida uma parte, poderá voltar quantas vezes quiser para poder corrigir suas respostas antes de enviar definitivamente o questionário.
  • Ao completar a última tela um botão de “ENVIAR” será apresentado. Somente quando este botão for pressionado é que o questionário será efetivado em nossa base de dados. No final deste processo, você poderá imprimir suas respostas e/ou salvá-las em PDF.

 

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Abong preside novo Comitê Executivo do Forus

Iara Pietricovisky, da direção executiva da Abong e do colegiado de gestão do Inesc, é a nova presidente da organização para a gestão 2018-2020. Comitê Executivo foi eleito em setembro, durante reunião no Chile

Por INESC

A Semana Estratégica do Forus, realizada em setembro, no Chile, trouxe grandes novidades. Além de um novo nome e identidade visual, a antiga Fórum Internacional de Plataformas de ONGs Nacionais (IFP/FIP), elegeu seu novo Comitê Executivo para a gestão 2018-2020. Iara Pietrcovisky foi eleita presidente representando a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong).

O Forus é uma rede global inovadora que capacita a sociedade civil para uma mudança social efetiva. É uma organização que reúne 69 Plataformas de ONGs Nacionais (PON) e 7 Coalizões Regionais (CR) da África, América, Ásia, Europa e Pacifico, juntas representando mais de 22.000 organizações.

“A Semana Estratégica do Forus foi um momento único, pois demonstrou o forte e inabalável  compromisso dos membros de Forus com os direitos humanos e a democracia, um compromisso coletivo para continuar essas lutas, a nível internacional e regional, em nome de Forus, por um mundo melhor e mais justo”, afirmou Iara Pietricovisky.

Brasileira preside novo Comitê Executivo do Forus

O novo Comitê Executivo (2018-2020) também é composto por pelos vice-presidentes Saroeun Soeung (CCC, Camboja), Rilli Lappalainen (KEHYS, Finlândia) e Sam Worthington (InterAction, EUA); e pelo tesoureiro Jean-Marc Boivin (Coordination Sud, França).

Saiba mais sobre o papel do Forus e os desafios para o próximo período pelas palavras da presidente Iara Pietricovisky, que também é antropóloga, mestra em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB) e atriz de teatro:

Qual o papel do Forus no Brasil e no mundo?

O Forus pretende ser uma articulação de representação das plataformas nacionais e regionais de ONGs que estão comprometidas com a democracia e com a efetivação do marco dos direitos humanos. Portanto, um campo bem específico e bem definido politicamente.

Quais as propostas para esse mandato?

Nossa prioridade será atuar nos debates da agenda 2030; desenvolver uma proposta de fortalecimento das ONGs por meio da existência de recursos específicos para este campo, no âmbito das agências multilaterais; fortalecer e defender as plataformas em suas atuações nas mais diversas regiões do Planeta; e fortalecer a luta em favor da diversidade e da igualdade.

Quais os desafios de liderar uma organização como essa?

Poderia comentar dois grandes desafios: o primeiro é o fato de existir uma tendência de estreitamento do espaço cívico em várias partes do mundo, o que tem implicação direta com o ambiente democrático e de liberdade de expressão necessário para a atuação das ONGS pertencentes ao Forus. O segundo, como decorrência do primeiro, é restrição de financiamento para este setor da sociedade que historicamente tem mostrado seu compromisso com a transparência e a justiça em seus vários âmbitos. Uma está conectada com a outra, por isso, o desafio do Forus é ser o porta-voz destas mais de 22 mil organizações espalhadas em mais de 69 países e com representações regionais em todos os hemisférios e regiões do Planeta.

Acesse o site da Forus e saiba mais: http://www.forus-international.org/pt

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Programa de Desenvolvimento Institucional

O Programa de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Abong é desenvolvido desde 2001, sendo um projeto articulado de forma sistêmica à dinâmica institucional da Associação. Assim, objetivos e atividades visam, em última instância, ao reforço da incidência sócio-política das associadas, redes parceiras e da própria Abong, influindo em sua legitimidade e credibilidade na sociedade brasileira e internacional.

Financiado pela organização Pão Para o Mundo, projeto apoia as principais linhas de atuação da Abong, incluindo ações de Comunicação, Formação e Incidência e Articulação. Para além disso, um ponto fundamental é do projeto o apoio para a vida interna da associação, como reuniões dos coletivos estaduais, do Conselho Diretor e da Diretoria Executiva, que permitem uma maior articulação entre as associadas da Abong.

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União Europeia premia projeto na área de Direitos Humanos

Prêmio consiste em uma viagem temática à União Europeia durante a qual um representante da OSC vencedora se reunirá com funcionários públicos e contrapartes da sociedade civil europeia

A União Europeia no Brasil realiza a primeira edição do “Prêmio Direitos Humanos da União Europeia”. Lançada no início de outubro, a iniciativa visa reconhecer, incentivar e dar visibilidade a um projeto em andamento realizado por uma Organização da Sociedade Civil (OSC) brasileira que atue no espírito da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.

 

A premiação faz parte do 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Segundo a delegação da União Europeia no Brasil, eles estão empenhados em defender uma política em prol da democracia, pelas liberdades fundamentais e pelo Estado de Direito, além de realçar o compromisso e o empenho pelo pleno respeito dos direitos humanos.

O prêmio consiste em uma viagem temática à União Europeia durante a qual um representante da OSC vencedora se reunirá com funcionários públicos e contrapartes da sociedade civil europeia que realizam atividades relacionadas ao campo dos direitos humanos no qual a organização vencedora atue.

Quem pode participar?

Podem ser apresentadas Organizações da Sociedade Civil formalmente constituídas com mais de três anos no Brasil, que realizam atividades que favorecem, protegem, garantem e conscientizam sobre os direitos humanos no país.

A cerimônia de entrega do Prêmio será realizada em Brasília, no início de Dezembro. O júri é composto pelo Embaixador da União Europeia no Brasil, pelo Representantes das Nações Unidas no Brasil e pelos Embaixadores dos Estados Membros da União Europeia no Brasil. As candidaturas devem ser apresentadas no e-mail delegation-brazilpolitical@eeas.europa.eu até ao dia 4 de novembro.

Verifique mais informações no site e na página no Facebook da UE no Brasil.

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Nota pública: ao atacar sociedade civil, Bolsonaro se comporta como numa ditadura

Foto: Divulgação

A ABONG – Organizações em Defesa dos Direitos e Bens Comuns vem a público manifestar-se contra as declarações do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, que neste domingo, 21 de outubro, mais uma vez desafiou nossa democracia com declarações que são verdadeiras ameaças contra as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) brasileira.

Em fala transmitida a manifestantes a favor de sua candidatura, Bolsonaro afirmou que fará uma “faxina” e que os “marginais vermelhos” serão “banidos” do país, em referência aos seus adversários. “A faxina agora será muito mais ampla. Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão pra fora ou vão para a cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria”. (…) “Vocês não terão mais ONGs para saciar a fome de mortadela de vocês. Será uma limpeza nunca vista na história do Brasil.” (Leia em matéria do Observatório).

Ao proferir declarações inaceitáveis como estas, Bolsonaro não apenas age em nome de um projeto de ditadura, como se comporta como se já estivéssemos lá, em desconhecimento total da Constituição de 1988 e ao Estado Democrático de Direito, bem como das muitas garantias institucionais que dão sustentação aos direitos civis e políticos, muitas das quais sustentam, por exemplo, a existência de partidos como o dele.

Prezamos a liberdade de expressão, porém ela não pode servir de guarida para uma sequência de expressões de ódio que autorizam a violência e o desrespeito à diversidade, característica intrínseca da sociedade brasileira.

> Leia também: Eleições 2018 – Não há vitória sem democracia

A grande maioria das ONGs brasileiras são instituições responsáveis e respeitáveis que atuam na luta contra a desigualdade, com profundo compromisso à democracia. O Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 assegura a liberdade de pensamento e de organização autônoma. As OSC somente podem ser encerradas por decisão judicial transitada em julgado, sendo vedada a interferência do Executivo em seu funcionamento.

Não existe nenhuma área das políticas públicas brasileiras sem a participação efetiva de OSCs. Somos distintas, diversas, autônomas em relação aos partidos, igrejas e governos. Mas não somos apolíticas. Defendemos os preceitos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e somos contra qualquer forma de ditadura ou de ditadores!

Compreendemos que a maior crise no Brasil é a desigualdade, causa da violência, da fome e da exclusão da maior parte do povo Brasileiro de acesso aos direitos. A saída para o Brasil não é mais violência, nem armar povo contra povo.

As declarações do candidato demonstram um viés autoritário e desrespeitoso com o diferente e vão de encontro aos valores da democracia, da justiça e da paz!

#EmDefesadaDemocracia

#NenhumDireitoaMenos

#EleNão

Direção Executiva da Abong

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Com apoio da Abong, campanha busca incentivar doação de recursos para OSCs

Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) promove ação por uma cultura de doações de indivíduos

Dia 27 de novembro, o Brasil e o mundo celebram o Dia de Doar. Um dia para sensibilizar cada vez mais a sociedade sobre a importância da doação de recursos para organizações e projetos sociais, culturais, ambientais e esportivos. Este ano, no começo de novembro, o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), organização pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil e na América Latina, vai lançar, com apoio da Abong, uma campanha para contribuir com a cultura de doação no Brasil.

A proposta do Instituto é convidar as pessoas a pensarem sobre o que querem mudar no mundo, ou seja, perguntar a cada um/a “qual é a sua causa?”. A partir disso, a campanha buscará colocar pessoas em contato com OSCs que atuam em temas semelhantes às causas escolhidas.

Dessa forma, para ter êxito e para que as pessoas consigam efetivamente contribuir, as organizações precisam estar prontas para receber. Por isso, o IDIS está convidando todas as organizações a se prepararem, atualizando o seu cadastro Mapa das OSCs do IPEA. Esse é um dos caminhos que o Instituto irá indicar para o doador encontrar uma ONG para doar.

Cheque se o seu site tem as seguintes informações:

  • A causa da sua organização
  • Uma explicação clara do que a sua organização faz pela causa
  • Os resultados alcançados até agora
  • Uma chamada / convite para doação

O Instituto pede para as ONGs estarem prontas em novembro para ajudar na campanha e receber mais apoio para trabalho das organizações.

Veja como no vídeo de divulgação.

Acesse mais informações no site da campanha
http://www.idis.org.br/seliga/

 

 

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Nota pública: repúdio ao Decreto Federal nº 9.527

Articulação para o monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil vem a público manifestar total repúdio ao Decreto Federal nº 9.527, de 15 de outubro de 2018, que cria a Força-Tarefa de Inteligência para o enfrentamento ao crime organizado no Brasil.

O Decreto é mais uma prova de que vivemos tempos difíceis e de avanço de ações arbitrárias em nosso país. Na “calada da noite” enquanto a sociedade e todos os olhares acompanham o processo eleitoral no Brasil, também este eivado de procedimentos arbitrários, violentos e com denúncias de procedimentos que ferem a lei eleitoral, o governo em mais uma de suas maquinações com as forças de segurança e órgãos administrativos do país, institui por decreto uma ação que esconde seus reais objetivos.

O enfrentamento ao crime organizado e o uso da inteligência para tal não pode ser genérico, pois abre possibilidades de enquadramentos que não são classificáveis desta forma, constituindo-se em ameaça aos preceitos constitucionais que protegem e conferem a todos os cidadãos e cidadãs o gozo pleno de seus direitos, sobretudo os de livre manifestação e livre organização, contanto que para fins pacíficos. Tudo isso, sem prejuízo da necessária apreciação judicial de tal diploma, aponta fortes traços de inconstitucionalidade, devendo ser suspenso, em sua integralidade, em resguardo aos diversos princípios e regras constitucionais que podem restar malferidos, a começar, pelo provável vício de competência, dado que, em larga medida, acaba por dispor sobre matérias suscetíveis de alteração somente por via de lei ordinária ou mesmo complementar, somente no que a vigente Constituição permite.

Ademais, o caráter da composição e da coordenação da Força-Tarefa, totalmente atrelada às forças do Estado, sem medida alguma de transparência com relação à “Norma Geral de Ação”, podendo ser convocada “sempre que necessário”, e “sem quórum mínimo” para a realização de reuniões de trabalho, leva a crer que os resultados do trabalho desta Força-Tarefa redundarão em mais controles (individuais e sociais), mais criminalização de grupos e lideranças sociais, e mais arbitrariedades por parte das forças de segurança do Estado brasileiro.

Por todas estas razões, pela defesa da Democracia e dos Direitos Humanos, manifestamo-nos contra este Decreto e exigimos sua imediata revogação!

Coordenação da Articulação para o Monitoramento dos DH no BrasilMovimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH

Processo de Articulação e Diálogo Internacional – PAD

Fórum Ecumênico – ACT Brasil

Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH

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Eleições 2018: Não há vitória sem democracia

Foto: Mídia Ninja

A Abong, organização autônoma que congrega 250 organizações da sociedade civil brasileira que lutam pela liberdade, pela igualdade, pela democracia, pela construção de modos sustentáveis de vida, pela defesa dos bens comuns e que praticam a solidariedade entre todas as pessoas, vem à público posicionar-se frente ao contexto político do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil.

A Constituição de 1988, uma conquista democrática do povo brasileiro pelo livre direito de expressão, de organização e de luta por direitos, está em risco porque uma das duas candidaturas à Presidência do Brasil representa a instauração de um regime de segregação, de violência e de desrespeito aos direitos civis e sociais, ambientais e econômicos da maioria de brasileiras e brasileiros. O candidato do PSL questiona os espaços de participação e controle social, desvaloriza as instâncias democráticas e propõe a solução para os problemas de segurança nacional através da liberação indiscriminada do porte e uso de armas, transferindo para a população a responsabilidade de garantir sua própria segurança que é constitucionalmente um dever exclusivo do próprio Estado. Além disso, prega agendas contrárias à igualdade de gênero, aos direitos sexuais e reprodutivos, à proteção do meio-ambiente; promove o racismo e, do ponto de vista econômico, aposta em ideias que apenas causarão maior concentração de renda e desigualdades.

Frente a estas propostas, ao incitamento ao ódio e à intolerância, a Abong não se manterá neutral, pois o que está em jogo é a defesa da própria democracia, da garantia de um ambiente plural, onde brasileiros e brasileiras possam resolver seus conflitos sociais e políticos através do debate de ideias, da participação social, da busca pelo consenso e do diálogo.

Para a Abong, a solução das crises econômica, social e ambiental que enfrenta o Brasil só será possível pela união em torno de direitos, do fim das desigualdades, pela defesa inabalável dos bens comuns e pela total inclusão e acesso às políticas públicas, principalmente das amplas parcelas que foram historicamente excluídas.

A sociedade civil brasileira caracteriza-se pela pluralidade e diversidade e tem um protagonismo político e social na defesa dos mais variados direitos politicos, sociais, ambientais e econômicos. Através das suas organizações e movimentos livres, reivindicamos direitos, defendemos ideias e praticamos um ativismo democrático que deve ser incentivado e apoiado pelo Estado brasileiro.

Dizemos não à possibilidade de um governo que criminalize o direito à livre organização, manifestação e mobilização social, que indica o estabelecimento de um regime autoritário, anti-democrático e violento contra todo o povo brasileiro. Esta possibilidade precisa ser barrada nas urnas, pelo voto livre e democrático do povo brasileiro, pelo nosso voto. Dizemos não a qualquer governo que instigue a divisão da sociedade, que alimente o ódio entre brasileiros, gerando um clima de alta violência, intolerância, desrespeito às diferenças e de desagregação social.

O Brasil precisa de um governo que respeite a Constituição, que consiga unir o povo brasileiro e que fortaleça as instituições democráticas, inclusive através do incentivo e da valorização da participação social e popular nos espaços de decisão das políticas públicas.

A Abong conclama suas associadas e a sociedade civil a votar nos valores da democracia, dos direitos e da paz. Reitera a necessidade de que o novo governo eleito deve assumir compromissos de ampliação e radicalização da democracia, com diálogos com a sociedade civil através da ampliação dos mecanismos de participação social e popular na definição das políticas públicas, com transparência, regulação e efetivas instituições democráticas, esta sim a única forma eficaz de erradicar a corrupção do Brasil.

#emdefesadademocracia

#nenhumdireitoamenos

#EleNão

Conselho Diretor da Abong

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Abong realiza curso EaD sobre Marco Regulatório e tem mais de 650 inscritos

Curso contribuiu para consolidar o olhar da sociedade civil sobre a Lei 13.019/2014, que regulamenta as parcerias das OSCs com a Administração Pública em todo o Brasil

Por Lorena Alves

De 3 de julho até 4 de setembro deste ano, a ABONG realizou o curso de EaD (Ensino a Distância) de Aplicação do Marco Regulatório de Acesso a Recursos Públicos, em parceria com suas associadas Centro de Assessoria Multiprofissional (CAMP), Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA) e apoio da União Europeia através do projeto denominado Sociedade Civil Construindo a Resistência Democrática.

O curso visou aprofundar os conhecimentos das/os participantes acerca do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), capacitando e qualificando o processo de leitura e interpretação da Lei 13.019/2014. A equipe, composta por Mauri Cruz (organizador), Eleuteria Amora e Eliana Bellini Rolemberg (revisoras de conteúdo) e Renata Pistelli e Lucas Seara (tutores) orientou os participantes sobre os melhores caminhos para aplicação da lei com foco na ampliação dos direitos que nela estão expressos.

As aulas foram divididas em 6 módulos: a trajetória de construção do MROSC, mostrando o processo que permitiu a elaboração e conquista da lei, que está sendo implementada nos estados (Módulo 01 – Introdução Geral e Relevância das OSC no Brasil); os seus aspectos normativos e processuais (Módulo 02 – Normas Gerais, Princípios e Diretrizes; Módulo 03 – Celebração das Parcerias; Módulo 04 – Execução das Parcerias; Módulo 05 – Prestação de Contas); e por fim, as orientações de como as OSCs podem agir na concretização do Marco Regulatório nas cidades e estados onde atuam (Módulo 06 – Implementação nos Estados e Municípios).

No vídeo de abertura do curso, Mauri Cruz, membro da Diretoria Executiva da Abong e organizador do curso, explicou a importância dessa formação aos alunos: “Para que a gente consolide em nível nacional o nosso olhar sobre o Marco Regulatório e que possamos fortalecer as nossas organizações e melhorar o ambiente da sociedade civil.”

Com um total de 60 horas, dividido em 9 semanas e 6 horas de estudo semanal, o curso teve mais de 650 inscrições. Mauri reforçou que a tamanha adesão de inscritos decorre da importância da lei para o funcionamento das organizações da sociedade civil que tem, em sua estratégia de mobilização de recursos, a parceria com a Administração Pública.

Participaram das aulas integrantes das cinco regiões do país. A diversidade regional, diversidade de causas e lutas das OSCs, bem como equidade de gênero e raça, foram alguns dos principais critérios de seleção das organizações.

“A Lei 13.019/2014 organiza as parcerias das organizações da sociedade civil com a Administração Pública em todo o Brasil, por isso, é fundamental que as OSCs tenham conhecimento da Lei e domínio sobre seus itens para que possam defender seus direitos nas parcerias”, diz Mauri.

Ele ministrou, no curso, rodas de conversas virtuais semanais, que contou em média com 25 participantes por atividade. Para o organizador, “essa é uma importante ferramenta para ajudar o grupo em EaD esclarecer suas dúvidas, aquecer a relação entre o/a tutor/a com os grupos e gerar uma dinâmica de aprendizado coletivo, porque nesta dinâmica, os próprios participantes traziam experiências, informações e questões para o debate.”

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